Feira Popular

Olhei para o Jev e para o homem - Matar-me? Matar-me porquê? - tentei passar pelo homem que fechava a saida mas ele deu-me um estalo e empurrou-me. Levantei-me e olhei para o Jev - Então fizeste isto tudo para me matar?

-Porque este homem é estúpido - disse enojado.
-Não! Nada disto foi para te matar -olhei-a seriamente.
-Então vieste aqui só para vires ter diversão com a minha filha? - falou o homem.

- Filha? - olhei para o homem e atirei-lhe com um sapato à cabeça. Grande hábito o.o - Oh agora tens filha! Engravidaste a outra e foste embora e eu andei a vida toda a sofrer como se tivesse culpa mas sim, bora matá-la! - olhei para o Jev - E mandar aquele estúpido matar-me! - olhei para o meu pai - Eu vou de livre vontade não te preocupes.

-Jade - suspirei e o Winchester aproximou-se mais.
-Não a matas tu, mato eu - gritou o Winchester. Ia para lhe bater mas ele apontou a arma para Jade rapidamente.
Antes que a bala a atingisse, meti-me à frente e a bala atingiu-me o braço causando-me uma enorme dor.
-CORRE AGORA JADE, FOGE - gritei.

Vi o Jev a meter-se à minha frente, levando com a bala no braço - Não te vou deixar aqui... - peguei nas minhas calças e rasguei um bocado do tecido para estacar o sangue - Porque é que me ias fazer isto?.. - perguntei baixinho.

-Eu vou voltar - disse o Winchester indo-se embora.
Caí no chão a gemer de dores e Jade veio para a minha beira tentando estancar-me o sangue.
-Eu não te ia matar... - arfei agarrando-me ao braço - Descobriste isto da pior maneira - fechei os olhos.

Não liguei quando ele saiu e tirei o telemóvel do bolso para ligar a uma ambulância - Mas era suposto tu matares-me. Porquê?

-Não... não ligues. Depois eles vão fazer perguntas e eu não quero arranjar mais merda por agora - coloquei uma mão em cima das suas.
-John Winchester pertence à máfia e o meu pai teve uns negócios com ele que não acabaram bem. O homem chamou-me e eu tive lhe fazer trabalhos sujos. Ele quer-te morta porque tu és herdeira de qualquer coisa lá deles. Por favor, tu sai daqui, muda de cidade, de país, qualquer coisa. Aquele homem é capaz de tudo - expliquei.

- Está bem... - suspirei e guardei o telemóvel - Saio daqui e depois? Ele encontra-me. Não vou passar a vida toda a fugir. Não te preocupes, e eu vou ficar em San Francisco.

-Mas ele depois mata-te e eu não quero que isso aconteça - agarrei-me ainda mais ao braço - Agora percebes porque é que eu não te queria contar? - perguntei.

- Isso não vai acontecer.. - disse pouco segura e inclinei-me para ver o braço dele. - Porque se soubesse ia dar-te porrada e fugir de ti.

-Se depender de mim, nada te acontecerá - disse já a suar - Pois ias - soltei uma gargalhada - Ai, não me posso rir.

Sorri e passei as costas da mão pela testa dele - Não te rias então.. se não queres ambulância, que queres que faça para te ajudar?

-Nada, não é a primeira vez que sou alvejado, isto passa - encostei-me a uma parede - Vá, vai para o colégio.

Olhei para ele - Não é a primeira vez? - apesar de tudo, dei-lhe uma palmada no braço que não estava ferido - Não me dás ordens e mesmo se desses não ia embora e deixava-te aqui.

-Olha lá - sorri levemente - É a terceira vez
-Eu fico bem, a sério - arfei de novo.

- Habitua-te. - disse sorrindo - Não te vou deixar aqui... pelo menos deixa-me levar-te para algum sitio..

-Está bem - suspirei - Mas podes-me fazer um favor? - perguntei olhando para as minhas calças.

Assenti e olhei-o - Sim, diz.

-Ajudas-me a vestir as calças? - pedi com um sorriso à anjo - Não consigo vesti-las por causa do braço.

Ri-me e assenti - Ajudo espertinho. - ajudei-o a vestir as calças e a seguir coloquei um braço na cintura dele - Anda, apoia-te em mim.

-Obrigado - dei-lhe um beijo na bochecha - Eu ainda sem andar, eu fui alvejado no braço, não nas pernas - ri-me - Apoia-te tu em mim, eu não quero fazer-te peso.

- Não me preciso de apoiar em ti, eu não tenho nada. - revirei os olhos. - E felizmente agora tens um jeep, assim levo-te para o colégio. Nunca na vida ia conduzir aquele monstro de mota. - estiquei a mão para ele me dar a chave do jeep.

-Cuida bem dele - disse antes de tirar as chaves para fora e colocando-as na sua mão.
Olhei para o meu braço e fiz uma careta, começando a caminhar para o parque de estacionamento com Jade.

- Por acaso estava a pensar espatifa-lo num poste. Comigo lá dentro. - revirei os olhos. Abri o jeep e entrei para o lugar do condutor - Mexe esse rabo.