Feira Popular

- Viver contigo no sentido de aulas e mesmo colégio. - revirei os olhos - Sim, porque tu és o super homem. Ele é poderoso e tem quinhentos homens! - olhei-o e ri-me - Sou inocente?

-Tu não tens nada a ver com os assuntos que este homem anda para aqui a tratar - bufei - Tu não tens culpa nenhuma do que ele anda a fazer - olhei-a.

- Pois mas apesar disso tudo, estou metida nisto não estou? - respirei fundo - Por isso não te ponhas a dar-me ordens como se mandasses em mim.

-Mas continuas a ser inocente! - resmunguei e bati com a mão do braço aleijado no vidro - MERDA - mais um bocado e desmaiava.

Voltei a parar o jeep - És tão idiota, meu deus! - aproximei-me dele e olhei para o braço ferido - Temos de ir ao hospital. Não paras de sangrar e foste baleado!

-Mas que raio de desculpa dou eu? Fomos para a caça e alguém tinha lá uma pistola em vez de uma caçadeira com cartuxos? - revirei os olhos gemendo de dores.

Mordi o lábio inferior sem saber o que fazer - Então é bem melhor morres. - revirei os olhos e toquei-lhe no queixo fazendo-o olhar para mim - Arranja-me outra solução e eu não te levo ao hospital.

Olhei para ela cheio de náuseas e quase a deitar a porcaria toda cá para fora.
-Liga para o Rixon aí na minha lista, ele é o meu melhor amigo, ele pode ajudar-me - dito isto, colapsei.

- Jev? Jev! - chamei com ele e dei-lhe palmadas na cara. - Só a mim! - liguei ao tal Rixon e demorei meia hora a convencê-lo que não estava a gozar. - Vou já ai ter.

-Jev, Jev, cara de estrume, acorda aí - ouvi meio distorcido e ao abrir os olhos vi o Rixon mesmo em cima de mim.
-Foda-se, já te disse que não te vou comer meu - resmunguei - A Jade? - perguntei.

Desencostei-me do jeep e coloquei-me ao lado do Rixon - Estou aqui. - olhei-o sorrindo ligeiramente - Estás bem?

Suspirei de alívio assim que vi Jade e olhei para o meu braço, já ligado.
-Já estou mais ou menos - grunhi e tentei levantar-me.
-Wow wow, calma lá garanhão, tu vais já para o teu colégio repousar.

Olhei do Rixon para o Jev - Ouviste? Vais ficar sossegadinho no teu quarto até estares melhor. - senti o olhar do Rixon em mim e ele riu-se - Ouviste a tua médica. Vais descansar.

-Sim mamã e papá - bufei - Vá, levem-me lá para o colégio.
-Eu tenho de ir embora - disse o Rixon.
-Vais nada, a Jade não consegue comigo. E eu mal me consigo pôr de pé - fiz uma careta.

Olhei para o Jev - Cala-te. - o Rixon riu-se e olhou-me - Parece que ela consegue contigo em vários aspetos. - olhei para o Rixon e ri-me - Obrigada. Eu depois ligo-te para falares com ele. - fechei a porta do Jev e entrei no jeep de novo.

-Vai-te foder Rixon - revirei os olhos.
-Também te adoro, bro - riu-se e foi-se embora.
-Mamã, leva-me para casa - brinquei com ela.

- Não sou tua mãe. - reivirei os olhos - Se fosse tua mãe não fazia isto. - cheguei-me para ele e beijei-o. Voltei a sentar-me como deve de ser no meu lugar e arranquei para o colégio.

-De repente senti-me muito melhor - sorri meio vitorioso e ela arrancou para o colégio.

Ela puxou-me até à feira popular que já estava cheia.
-Para onde queres ir? - perguntei olhando para Jade.

Encolhi os ombros - Casa assombrada! - apontei assim que a vi. - Ou estás demasiado mal disposto e menina para ir lá?

-Anda lá - ri-me e peguei-a tipo saco de batatas - Ai este rabo, ai este rabo - ri-me e fui em direcção à casa assombrada.
Pousei-a no chão, comprei as entradas e começámos a andar lá por dentro. Enquanto que algumas pessoas só gritavam eu matava-me a rir com a estupidez dos figurinos.
-Hey Jade - chamei sem olhar para ela mas como não obtive resposta chamei-a outra vez - Oh rabo gordo - olhei para o lado e ela não estava lá. O mau pressentimento que eu tinha voltou a assombrar-me.
-Jade, vá anda lá que isto não tem piada - disse seriamente esperando um murro no braço ou algum salto para as minhas costas ou até um insulto mesmo típico dela, mas nada.

Estava muito bem atrás do Jev a rir-me da treta que aquela casa assombrada era, quando senti uma mão na minha boca e a ser puxada. Fui atirada para dentro de uma sala onde estavam as máquinas que controlavam a casa assombrada. - Quem está ai? - perguntei olhando para um vulto - Tu... - ouvi uma gargalhada - Eu sabia que para o Jev andar sempre coladinho a ti tinha de se passar alguma coisa. Filha do John Wichester hm?

Continuei à procura dela, empurrando toda a gente.
-Ai merda - resmunguei e recebi uma chamada do Rixon.
-Oi, agora não posso falar, estou à procura da Jade - disse-lhe.
-Ah, eu estou com ela - isto já me começava a soar muito estranho
-Onde é que estás? - perguntei.
-Procura bem, Patch - já ninguém me chamava este nome desde a Nora - Mas vem rápido e trás a tua pen.
A pen... a pen que o Winchester me tinha pedido para guardar e eu não fazia ideia do que tinha.

Ouvi-o a falar com um Patch... - Depois da pen ou o que é isso já me podes soltar? - ele riu-se - Achas miúda? Tu vales milhões. Depois de ter a pen vou matar-te à frente dele e vou chamar o teu paizinho para me dar o dinheiro.

Corri à procura deles e encontrei uma porta aberta, entrei e vi-os lá, ele a agarrar a Jade.
-Rixon, larga-a - pedi - Mas o que é que tu estás a fazer? Essa é a Jade!

-Eu sei - ele mandou-me um sorriso muito convencido e até demasiado para o Rixon - Aqui a tua namoradazinha - roçou o nariz pelo seu pescoço - vai dar-me imenso dinheiro... graças ao paizinho dela.
-Rixon... eu pensava que tu eras meu amigo - ainda estava a tentar processar tudo.
- E era... mas a partir do momento em que o pai da tua menina te começou a requisitar mais para as missões... - desta vez ele lambeu-lhe a bochecha e eu com mais vontade de o matar- Dá-me a pen.
-O que é que a pen lá tem dentro? - perguntei secamente.
-Ora, isso não te vou dizer... ou digo? - cínico Rixon... merda de gajo - Se eu disser pode ser que tu me dês a pen e salves aqui a tua menina.
Vi-o a mandar uma mensagem (AO WINCHESTER)a alguém.
-O que está dentro dessa pen que tu aí tens, tem o poder de dominar o mundo... espera só até eu ter isso nas mãos... - ele ainda se riu mais.