Quarto de James Mayer

Depois de ela sair ainda a tentei seguir mas esta desapareceu-me por completo por isso fui naquelas figurinhas procurando os dormitórios e cheguei ao meu quarto onde as coisas já estavam. Procurei na mochila o meu tabaco para me livrar do stress mas os cabrões dos meus pais tiraram-no da mochila antes que eu pudesse saber. Procurei o número da Spenc e mandei-lhe uma mensagem provocadora. Pousei o telemóvel enquanto ela não respondia e tomei um belo duche. Vesti-me e quando estava pronto saí do quarto sem destino.

Entrei no meu quarto ainda com a imagem de Marie na cabeça, o que não me parecia ser bom de todo. Despi-me, ficando apenas em boxers, e atirei-me para a cama; onde lentamente acabei por adormecer.

Entrei no quarto, bufando de cinco em cinco minutos, e apercebi-me do cheiro a mofo e a suor que lá se instalava. Abri o estor da janela no máximo, quando me apercebi que mesmo à minha frente eram os dormitórios femininos, e quem me tinha logo de calhar? Marie Newman. Demasiadas coincidências, não? Fechei um bocado a janela, arqueando as sobrancelhas, e agarrei na roupa levando-a até à lavandaria.

Cheguei ao quarto e respirei fundo, pegando na moldura com uma foto meio rasgada em que se observava, ainda que com alguma dificuldade, a minha irmã. Antes de termos começado a fugir. Apesar de pequena, tinha aprendido a andar e a falar naquela altura. Se bem me lembrava, dois dias antes de o meu pai abrir a minha porta a correr, gritando "James, pega nas tuas coisas, temos que sair daqui". Limitando-se aquilo, sem me dar mais explicações ou razões, por muitas birras que eu fizesse. Então eu peguei em tudo e lá fui. E a história continuava, mas eu vou deixar ficar por aqui. Porque isto tudo para o pensamento que poderia acontecer a mesma coisa ao meu filho ou filha. Tinha simplesmente medo de lhes arruinar a bida.

Passei pelo restaurante preferido dele e resolvi-me a por as coisas mesmo bem. Afinal, ele era o pai do meu filho e não era qualquer um que queria assumir a paternidade. Bati a porta mas como ninguém abriu, empurrei a porta e abriu-se. Vi-o abstraido com uma fotografia e nem deu por eu entrar. Fui até ele e olhei a fotografia, tocando ao de leve no seu ombro.
- É parecida contigo. - E sorri, olhando-o.

-Era. - corrigi baixinho, assim que reconheci a voz de marie por de trás de mim, e levei as mãos aos olhos para me certificar que não tinha lágrimas a escorrerem-me pela face. Suspirei, revirando-me para Marie e puxando-a para mim. - Estás bem? - perguntei e baixei o olhar até à sua barriga.

Sorri e obriguei-o a olhar para mim. Apostava que ele olhara logo para a barriga para nao me encarar.
- Vai ser sempre. Vai ser sempre a tua menina. - E sorri, largando-me dos braços dele para fugir a pergunta. Abri o saco da comida e pus as coisas perto da cama dele.
- Trouxe jantar, nao comeste nada ainda. E também estava com desejos disto. -E sorri , arriscando olhar para ele. Engoli em seco.

Por muito que não tivesse comido nada, não tinha fome. Sentia-me cheio. Talvez do stress, talvez por outro motivo - não sabia muito bem. Por isso abanei a cabeça levemente, recusando. - Não, obrigado. Podes ficar com tudo. - sugeri sorrindo e devolvendo-lhe o meu prato de comida.

-Right. - E suspirei, deixando a mala cair no meio do chao. Nem me preocupei em apanha-la. Peguei na comida e sentei-me longe dele, no sofá pronto. Comi calada e quando acabei pus tudo no saco para levar para o lixo.Suspirei e olhei-o, na expectativa de tentar percebe-lo.

Respirei fundo e olhei lentamente para ela, esperando que ela não estivesse a fazer o mesmo para mim. No entanto, estava a olhar-me, com aqueles olhos de menina 'Fala'. God, as raparigas são sempre a mesma coisa. Porque é que não percebem que nunca iremos falar? - Já comeste tudo? - perguntei.

Bufei alto e olhei para ele. Ok, estas hormonas por estar gravida estavam a dar comigo em doida! Levantei-me e peguei nas coisas, encostando-me mesmo de proposito a ele.
- OK, a verdade é que sinto que te estas a afastar de mim por estar gravida. Achas que nao tenho medo? Achas que isto para mim nao é complicado?- Suspirei. - Por isso pára de me tratar assim. Agora vou-me embora, estou cheia de sono e nao quero discutir contigo. - E peguei nas minhas coisas, pronta para sair.

Ao ver que ela se ia embora, levantei-me rapidamente e corri até ela, agarrando-a no braço e puxando-a para mim. - Ouve-me, não sinto nojo de ti - confessei, e toquei-lhe com a mão na barriga - Na realidade, tenho nojo disto. Disto que é o nosso filho. Não, não é nojo - corrigi - tenho medo de o magoar. Percebes?

Quando ouvi o que ele disse, suspirei de alivio e agarrei-o pelos braços, olhando para ele.
- Sim, mas é dificil de perceber isso quando te tentas afastar de mim. - Abanei a cabeça. - E não magoas. Não vai prejudicar nada. Mas ja me calei, nao insisto! - E larguei a mala novamente, olhando para ele e sorrindo e indo ate a casa de banho para lavar as mãos.

Deixei-a ir até à casa-de-banho, suspirei e levantei-me com o apoio dos braços. Dirigi-me também até lá e agarrei-a por trás, pela cintura, de surpresa. - Heyy - sussurrei-lhe - E se fôssemos dar uma volta pela cidade? Só tu e eu? - sugeri e sorri-lhe pelo espelho.

Olhei-o pelo espelho e sorri, agora mesmo verdadeiramente. Voltei-me para trás e olhei-o nos olhos.
-Surpreende-me e não me digas onde vamos. - E olhei-o, pondo as mãos nos seus bolsos.

Soltei uma gargalhada e tirei-lhe o cabelo da cara - Se queres que te diga, nem eu sei. E se simplesmente entrássemos no carro e andássemos pela cidade, pela floresta, sei lá, por aí? Só para descontrair. Estamos de férias! - sugeri e encostei a minha cabeça no seu ombro, mordendo-lhe o lóbulo da orelha.

(podes responder aqui ou noutro sitio qqer, se responderes noutro sítio manda mp onde foi sff para o caso de já não conseguir responder, bom natal)

No meio de dores, consegui gaguejar-lhe para ela ir até ao colégio. Tínhamos de ser rápidos e discretos. Subimos rapidamente até ao meu quarto e coloquei toda a minha roupa dentro de um armário - Vai buscar as tuas coisas, encontramo-nos à entrada - sugeri, sem olhar para ela, e continuei a arrumar as coisas. Estava prestes a arrumar a foto da minha irmã quando ouvi alguém bater à porta - Menino Mayer! Abra já a porta ou teremos de arrombá-la. - deixei de respirar por momentos, tanto do susto como para eles não me ouvirem. Deixei a foto e outras coisas importantes para trás e escondi-me atrás da porta. Depois, ouvi vozes masculinas a contarem até 3 e a arrombarem a porta. Milagrosamente, esgueirei-me no momento em que eles entraram, e consegui ser mais veloz que eles graças às rodas da minha cadeira.