Quarto de Tom J.

Assenti.
- Um defeito meu.

Ri-me.
- Eu acho piada...-gargalhei.

Mordi o lábio.
- Achas? - perguntei, admirado.

Encolhi os ombros.
- Acho, és daqueles que não engole tudo o que ouve...-disse.- sim gosto!- afirmei.

Fiz uma careta.
- Aprendi com o meu irmão. - admiti.

Ri-me.
- Começo a gostar dele...-gargalhei.

Sorri.
- É; todos gostam. - ri-me.

Sorri docemente.
- Mas não te preocupes que também gosto de tu...- dei-lhe um leve empurrão.

Fiz uma careta, sorrindo.
- Fico muito mais descansado. - brinquei.

Gargalhei.
- Foi o que eu pensei...- brinquei.

Ri-me.
- Pois.
O meu telemóvel voltou a tocar e atendi logo.
- Hey. - pausa. - Já resolveste isso, então? - ouvi a sua explicação. - Oh. Obrigado, mano. - ri-me. - Sim, pode-se dizer que sim. A mãe já decidiu se te manda para cá? - mordi o lábio. - Ela tem razão. Tu virás. - ri-me e, sem dar tempo de falar, continuei. - James, nunca estivemos afastados. É normal! - ele protestou. - Sim, sim, maninho. - revirei os olhos. - Vai uma aposta. - ouvi uma voz feminina. - Não lhe passes. - quase gritei. - James, livra-me dessa. Por amor de Deus! Já te disse para não te fazeres passar por mim que ela reconhece. - ouvi-o rir-se. - James, manda-a dar uma curva ou assim. Xau!
Pousei o telemóvel sobre a cama.
- Desculpa lá.

Gargalhei e o seu telemóvel tocou.
Não pude deixar de rir com as suas caras e com as coisas que dizia.
- Não tem problema...- inspirei.- não me digas que vocês usam o facto de serem iguais para enganar as raparigas...- olhei-o, referindo-me à última parte da conversa.

Abri a boca para desmentir, esquecendo-me de parte do que ia a dizer.
- Bem, não é bem assim. Costumo ter raparigas atrás de mim que pensam que sou ele. Quer dizer, elas não reconhecem nem o que querem. - fiz uma careta. - Então, pronto. Ao que parece, alguém anda atrás de mim mas anda a seguir o errado.

Soltei uma gargalhada.
- Isso é que é uma vida ocupada...- brinquei.- já viste? vieste embora e anda alguém atrás de ti.- abanei a cabeça.- esse teu timing.- gozei.

Mordi o lábio.
- Sei quem é. E, na minha opinião, ainda bem que vi. Não ia gostar nada de lhe dizer que não gostava dela.

Tossiquei.
- Então, sendo assim acho que fizeste muito bem em vir..- concordei.- até me conheceste e tudo! - brinquei.

Gargalhei.
- Oh, sim, claro. A melhor parte do dia. - provoquei.

Ergui a sobrancelha.
- Vê lá se preferias a maníaca que anda atrás de ti...- resmunguei.

Abanei a cabeça.
- Maníaca é a palavra certa. - acabei por constatar. - E não, nem por sombras. - admiti.

Gargalhei.
- Bem me parecia que gostavas da minha companhia....- provoquei.

Fiz-lhe uma careta.
- Até consegues ser simpática.

Cruzei os braços ao peito.
- Nunca mais te levo à feira...- resmunguei.

Ri-me.
- Também tenho carro. - provoquei.

Fingi-me amuar.
- Adeus...- murmurei, virando-me para a porta.

Puxei-a calmamente.
- Estava a brincar contigo, Chloe.