Gruta escondida

Beijei-o quando estávamos já na costa e dei-lhe as mãos, entrelaçando os nossos dedos. - Amo-te muito muito. - disse-lhe sorrindo.

-Eu também - toquei-lhe na bochecha dando-lhe um beijo na testa e fomos até onde "acampámos". Ela virou-se e eu vi-lhe um pequeno fio vermelho nas costas. Toquei levemente no arranhão. - Isto foi de ontem? - perguntei beijando-lhe as costas.

Peguei no cabelo e coloquei-o de lado para olhar para as costas. - Não me lembro de mais nada que me pudesse ter acontecido para o ter..

Coloquei-lhe bem a camisola e passei-lhe o resto da sua roupa.
-Vamos embora? - agarrei-a por trás e beijei-lhe a cabeça.

Vesti a minha roupa e acenei com a cabeça olhando para ele. - Sim. - sorri-lhe - Mas não sei do Matt.. - suspirei.

-Já lhe mandaste mensagem? - perguntei vestindo as minhas calças e a minha t-shirt. - Deve estar a babar-se para a filha - encolhi os ombros e comecei a arrumar as coisas.

- Já... - olhei para o telemóvel - E ele não responde... - suspirei e encolhi os ombros - Deve ser. Só deve ver a Sophie à frente. - sorri.

-Pelo menos teve sorte e teve logo uma rapariga - sorri pegando no cesto e dando-lhe porque ficava demasiado gay com aquilo. Levei uma das minhas mãos que estava sem nada aos bolso das calças e procurei um cigarro dando-lhe um - toma, para nos "divertirmos" - brinquei com ela

- Qual é o problema de um menino? Eu queria ter um menino e depois uma menina. - fiz beicinho e deitei-lhe a lingua de fora. Peguei no cesto com uma mão e no cigarro com a outra - Obrigada.

-De nada - ri-me encolhendo os ombros - Está bem, mas com muitos anos de diferença que para depois protege-la. Como eu e a Marie - fiz um sorriso orgulhoso.

Devolvi-lhe o cigarro depois - Não. Também não com tantos anos de diferença. Tipo dois ou três. - fiz uma careta - Mais não.

Encolhi os ombros e agarrei no cigarro fazendo uma careta - queres ou não? - perguntei ajudando-a a ir até ao meu quarto - Não disse que era preciso ter uns sete anos de diferença, mas uns cinco - encolhi os ombros - tem vantagens, não queres aturar dois adolescentes pois não?

Saímos do parque aquático e eu levei-o até a uma gruta com uma espécie de lago que tinha descoberto no verão passado com alguns amigos meus.
-E aqui estamos - disse.

Olhei estasiado em volta. Era simplesmente lindo! Foquei o meu olhar novamente em Rae.

-- Isto é simplesmente lindo, princesa!

-Eu sei, por isso é que te trouxe aqui, combina - sorri e beijei o seu braço.
-Aqui não temos de estar em filas.

-- Nem tenho de gramar o facto de todos os gajos olharem para ti... - disse, enquanto lhe beijava o pescoço.

-Nem as raparigas a olharem-te de cima abaixo - fechei os olhos enquanto ele me beijava o pescoço - Ou até gajos...

Parei de beijar o seu pescoço e abri os olhos, supreendido.
-- Que queres dizer com isso? - perguntei ansioso, fazendo um esforço para não me rir.

-Eu vi um casal de gays a olhar para ti! Deviam de querer alguma ménage contigo - olhei para ele - Foi mesmo estranho!

-- Damn! - praguejei, ainda estupefacto. - Mas acho que o pior foi ver oito ou nove gajos, com aspeto de drogados, a mirarem-te de alto a baixo, a segredar uns com os outros e a tirar-me as medidas.

-Mas olha, quem está aqui sou eu e tu, não eles - mordi-lhe o lábio - E eu posso fazer coisas que eles não podem - mandei-lhe um olhar sedutor.

-- Eu sei isso tudo... Eles queriam era ter metade... Melhor, um quarto da minha sorte. - disse, antes de pregar um beijo nos lábios de Rae.

-Mhmmm - continuei a beijá-lo - Amo-te - acariciei o seu rosto.

-- E eu a ti! - sussurei, sorrindo contra os seus lábios.

-Fora ou dentro? - perguntei referindo-me ao lago antes de beijar o seu pescoço.