Hotel Palma 4*

Encolhi os ombros. - Estás a tornar-te responsável. - disse-lhe com um baixo suspiro. - O que é que eu disse? - perguntei. Só em lembro de ter dito que ia estudar.

- Pois mas foi tarde demais. - suspirei. - Que não irias deixar os estudos, por isso vê lá o que é que fazes.

- Nunca é tarde demais. - estiquei o braço e acariciei o seu rosto. - Eu sei, e eu não vou parar de estudar. - disse.

- Oh - encolhi os ombros. - Espero que não moore.. Passamos aqui o resto do dia?

- E não. - disse-lhe com um sorriso. Não ia desistir nunca do meu sonho de ser estilista e sabia que mais cedo ou mais tarde iria conseguir. - Por mim ficámos, a não ser que queiras ir a algum sítio. - disse.

Sorri-lhe e dei-lhe um beijo gostoso na boca. - Eu não, estou estafado - voltei a deitar-me ao lado de Thomas.

- Então ficámos por aqui hoje e amanhã vamos dar uma volta. - disse-lhe com um sorriso. Cheguei-me mais para a beira de Thomas e dei-lhe um beijinho na bochecha ficando a vê-lo dormir que nem um anjinho.

- Está fixe. - concordei e fechei os olhos. - Que queres que vá buscar para almoçarmos?

Sorri e encolhi os ombros. - Nem sei... queria comer porcarias mas é melhor não. - disse com um beicinho.

- Vou fingir que nem ouvi - disse descontente.

- É melhor. - disse baixinho. - Trás qualquer coisa saudável. - acabei por dizer. - Até pode ser uma salada daquelas bem generosas que já é bom. - encolhi os ombros.

- Vais ver se não roubo lá na cozinha - ri-me lembrando-me da nossa aventura no hotel que Will me tinha oferecido. - Daqui a pouco vou ou estás com muita fome?

- Oh Mike. - ri-me e abanei a cabeça, no entanto não lhe disse para não roubar. Lembrei-me da nossa aventura num hotel e comecei a rir-me sozinha. Abanei a cabeça. - Podes ir mais logo, ainda não tenho muita.

- Tás-te a rir do quê? - ri-me também. - Ainda bem, porque o meu corpo iria ficar triste se se tivesse de mexer agora. - fiz um sorriso gozão.

- De nada, só me lembrei de uma coisa. - encolhi os ombros e ri-me de novo. - Ui coitadinho. - fiz-lhe uma careta.

- Do quê? - olhei-a. - É coitadinho mesmo! - resmunguei.

- Da nossa aventura daquela vez naquele hotel. - ri-me mais. - Foi tão fixe. - abanei a cabeça. - Eu dou-te miminhos depois.

Ri-me muito. - No tempo em que eu era rico e fazia o que bem entendesse. - disse meio triste. - Só depois?

Olhei para a sua cara. - Pensei que apesar de tudo preferisses a tua vida de agora... - disse baixo. - Pode ser antes. - sorri.

- Eu disse isso, Agnes? - perguntei todo resmugão.

Encolhi os ombros. - Parecias um pouco triste a dizer isso... - disse.

- É só porque eu não tinha a noção das coisas que fazia era só isso, vivia como se não houvesse amanhã livre e despreocupado. - expliquei-lhe. - Mas eu até gosto disto, gosto de te ter ao meu lado, amo o nosso filho e adoro ter de me preocupar com vocês, pena é que seja difícil por agora, mas é gratificante cuidar de alguém.

Sorri com o que ele disse. - Vai acabar por tudo melhorar, e o mais importante agora é estarmos os três juntos. - estiquei-me para ele até conseguir dar-lhe um beijinho nos lábios.

Puxei-lhe o lábio, chupando-o  e dei-lhe beijinhos fofinhos e sorri-lhe.

Puxei também o lábio dele e sorri-lhe de volta. - É melhor pararmos com isso. - ri-me levemente.