Quarto de Chelsea Monroe

Mordi o lábio assim que o seu corpo penetrou o meu e soltei um fraco guincho.
A minha respiração tornou-se ainda mais irregular.

Introduzi dentro ela apenas um pouco do meu membro, por medo de a magoar.
*

Abri um pouco os olhos.
- Beija-me. - murmurei, ofegante.

Comecei com pequenos movimentos de vai-vem.
Cedi ao seu pedido, beijando-a.

Puxei-o para mim, ansiando pelos seus lábios enquanto a dor atenuava e voltava.
/

Tinha tanto medo de a magoar...
Arisquei a penetra-la um pouco mais fundo.

Semicerrei os olhos quando a dor aguda voltou.
- Desculpa. - murmurei.

Retirei-me um pouco dentro dela, deixando apenas a ponta do meu membro.
- Shiu... - murmurei beijando-a.

Suspirei e beijei-o.
- Desculpa. - repeti. - Por não te puder dar aquilo que queres.

Suspirei.
- Beija-me e não digas nada. - resmunguei sorrindo de seguida.

Acabei por me rir.
- A faceta de resmungão não combina contigo.
Beijei-o e senti o meu corpo estremecer, sentindo aquilo a que chamavam de orgasmo.

Estávamos quase os dois no orgasmo até que eu decidi penetra-la um pouco mais fundo para atingirmos o orgasmo mais facilmente, até que vi partículas de sangue o que me deixou quase em pânico.
Não fui capaz de dizer nada, apenas sai dali com uma cara de pânico, dirigindo-me à casa de banho.
- Só fazes merda. - resmunguei revoltando comigo mesmo, e olhando a minha imagem através do espelho.

Assim que o vi sair, esqueci a dor repentina que sentira outra vez e comecei a chorar; cobri-me até à cabeça, enroscando-me no meu corpo enquanto as lágrimas me caiam pela face silenciosamente.
Tinha confiado nele. Tinha confiado nele.
Espetei as unhas na minha própria mão, enquanto a dor psicológica se tornava ainda mais forte do que a que sentira fisicamente.
Era Ren. Ele não me podia ter feito aquilo. Simplesmente não podia.

Depois de molhar a minha cara voltei ao quarto vendo-a enrolada nos lençóis.
Aproximei-me a medo de ela se revoltar.
- Desculpa... eu sou um estúpido. - pedi baixo.

Não me destapei e permaneci calada até conseguir acalmar o choro.
- Como foste capaz? - murmurei com a voz tremida.

Passei a minha mão por cima do seu corpo, eu tremia por todos os lados.
- Eu... eu... entrei em pânico.

Afastei-me do seu toque, mesmo que a vontade fosse contrária.
- Fizeste ainda pior quando foste. - murmurei, limpando os olhos e espreitando por cima dos lençois. - Magoaste-me.

Que raio de cobarde és tu para fazeres uma miúda chorar? - pensei para mim mesmo.
Cerrei os punhos com força ao pensar que tinha acabado de fazer porcaria.
- Desculpa. - pedi mais uma vez. - E não chores por favor.

Fechei os olhos, tentando acalmar-me.
- Eu... vou tomar banho. - acabei por murmurar.
Sentei-me na cama, cobrindo-me com o lençol; estava cheia de dores e acabei por me voltar a deitar.

- Princesa... - chamei um pouco a medo, colocando a mão em cima da sua perna despida. - Desculpa, por favor.

Olhei-o, piscando os olhos.
- Beija-me. - pedi baixinho.

Puxei-a para meu colo, tendo cuidado para não a magoar e enchei-a de beijos.
- Desculpa, desculpa, desculpa, desculpa, desculpa,... - pedi imensas vezes.

Assenti.
- Promete que não volta a acontecer. - murmurei.

Assenti, olhando depois o tecto branco.
- Sinto-me a pior pessoa à fase da terra por te ter feito chorar.

Encostei a cabeça no seu peito.
- Levas-me até à casa de banho? - murmurei.