Quarto de Ren McKenzi

Ri-me e fechei os olhos.
- Nos teus sonhos. - resmunguei antes de adormecer.

Dei-lhe um beijo no pescoço, apenas para a provocar.
Apaguei a luz da mesa de cabeceira.

Tinha passado uma semana desde que me magoara e as dores já eram nulas, praticamente.
Tinha ficado no quarto de Ren a chatear-lhe a cabeça e estava agora a provocá-lo, mais uma vez.
- Vais ter saudades do teu corpo junto ao meu, a dormir... - gozei.

Remexi o seu cabelo despenteando-o.
- Tens a certeza que vou ser eu? Acho que vais ser tu... - ri-me.

Revirei os olhos peranto o seu gesto de me despentear.
- Chamaste-me a meio da noite e tudo. E estavas a dormir.

Olhei-a fazendo uma careta.
- Eish que mentira.

Olhei-o seriamente.
- Estou com cara de quem está a mentir?

Olhei-a arqueando uma sobrancelha.
- Podes ser boa atriz.

Revirei os olhos.
- Foi pena não ter gravado tu a chamares-me durante a noite.

Revirei também os olhos.
- Sim... pois.

Encolhi os ombros.
- Não queres, não acredites.

Suspirei.
Voltei a esconder-me debaixo dos lençóis.

Descubri-o.
- Dorminhoco. - acusei, atirando-me para cima de si.

Voltei a olhar para ela.
- Hoje tenho de ir trabalhar...

Olhei-o, curiosa.
- Uau. Trabalhas onde?

Sorri.
- No Zoomarine.

Fiz beicinho e pisquei os olhos inúmeras vezes.
- Posso ir?

Encolhi os ombros.
- Vais apanhar uma seca... eu ando sempre lá dentro. Sempre podes aparecer lá no final da tarde.

Suspirei.
- Oh, vou ficar a deprimir.

- Não vais nada. - sorri.
Levantei-me indo até à casa de banho.

Suspirei.
- Vou dançar, então.

Entrei na casa de banho e tomei um duche rápido.
Escrevi depois num papel o meu número de telemóvel e entreguei-lho.

Ri-me quando me entregou um papel com o seu número.
- Estava a ver que não. - gozei.
Dei-lhe um beijo na bochecha e saí, levando as minhas coisas.

Dei-lhe um beijo antes de ela se ir embora.
Segui para o ZooMarine.

Se calhar tinha feito porcaria em deixa-la lá sozinha, mas estava confuso e na minha cabeça iam milhões de ideias e incertezas.
Precisava de pensar.


Uma semana tinha passado e nada de noticias dela, o que me deixava preocupado. Nem uma mensagem, nem um telefonema, nem uma visita...
Estava farto de estar no quarto e tinha de fazer alguma coisa em relação a ela... sai do quarto sem rumo ainda definido.