Quarto de Eleanor Walker

-Assim eu vou adormecer Jake... - bocejei colocando a mão à frente da boca - Ou a ideia é eu adormecer? - ri-me.

Ri-me e dei-lhe um beijo na testa - A ideia é o que tu quiseres. Eu sou teu. - fiz uma careta por ter sido tão lamechas - Basicamente, eu faço o que tu quiseres pitinha.

-E eu sou tua amor. - beijei-lhe o peito - Eu tenho sono... mas não quero deixar-te aqui sozinho... eu fico acordada por mais um bocadinho. - olhei-o.

- Dorme parvinha. - disse-lhe sorrindo - Eu também já vou dormir. - dei-lhe um beijo e puxei o lençol para cima.

-Eu durmo mas se não estiveres a conseguir dormir chama-me que eu faço-te companhia está bem? - tapei-me com o lençol e encostei a cabeça no seu peito.

Sorri com o que ela disse - Está bem oh mãezinha. - como não consegui adormecer logo, fiquei a olhar para ela e a fazer-lhe festas no cabelo até que acabei por fechar os olhos e dormir.

-Eu não sou tua mãezinha. - fiz uma careta apesar de já estar mais para lá do que para cá - Mães não podem fazer certas coisas com os filhos. - não sei se ele me chegou a responder ou não pois caí num sono profundo.

- Ainda bem que não és. - disse sorrindo.
Acordei com a luz que entrava no quarto a incomodar-me e suspirei. Sorri quando a vi ainda em cima de mim e fiz-lhe festas ao longo das costas.

Acordei da melhor maneira possível e assim que abri os olhos vi logo Jake a olhar para mim - Olá amor... - sorri-lhe e dei-lhe um beijinho no queixo.

- Olá pitinha. - toquei-lhe no queixo para a beijar. - Dormiste bem? Não te mexeste. - ri-me e mordi-lhe a bochecha.

-Dormi que nem um anjinho, nem sonhei nem nada dessas coisas. - sorri muito e passei-lhe a mão pelo peito nu.

- Eu sonhei contigo. - disse com um sorriso todo fofo - Estavas a dar-me mimos. Como de costume.

-Que querido. - elevei uma mão para lhe apertar a bochecha - É, eu sou uma pessoa que dá muitos mimos. - sorri.

Virei a cara e mordi-lhe os dedos - Não apertes as bochechas oh chata. - peguei na mão dela e entrelacei os nossos dedos.

-Chato é o teu rabo. - resmunguei fazendo logo cara de amuada. Meti a sua mão na minha e passei com as unhas nesta fazendo-lhe cócegas.

- Não é nada. - fiz beicinho e ri-me ligeiramente - Queres mesmo começar com as cócegas, pita?

-Não, não, não. - abanei a cabeça tantas vezes que até fiquei tonta e tive que fechar os olhos por um bocado - Ai fiquei tonta. - queixei-me.

Peguei-lhe na cabeça e ri-me - É por seres parva. - dei-lhe um beijo na testa e desci as mãos até ao rabo dela, onde lhe dei uma palmada.

-Eu não sou...Autch! - queixei-me quando ele me deu uma palmada no rabo - Sua pessoa desprezível. - semicerrei os olhos.

Ri-me com o que ela disse e mordi-lhe o lábio - Mas tu gostas da pessoa desprezivel pitinha. - olhei-a e suspirei - Ellie... há uma coisa que temos de falar...

-Oh não... - baixei o olhar e voltei logo a levantá-lo - Não gosto dessa tua cara e aposto que sei do que vais falar.... Não me precisas de dizer o que eu já sei. Eu sei que tu não estás preparado para ter um filho e se eu estiver grávida nunca te iria obrigar a nada.

Toquei-lhe no queixo e obriguei-a a olhar para mim - Se tu ficares ou estiveres grávida é obvio que eu vou ficar contigo e com o bebé. Mas somos muito novos... tu és muito nova... - beijei-a - Mas eu amo-te e se decidissemos ter o bebé, eu fazia de tudo para o termos.

-Mas vamos torcer para que eu não esteja, não é? - rocei o meu nariz no seu - Tu sabes o quão obcecada eu sou por bebés mas neste momento ainda é muito cedo. Já para não falar que ele ficaria orfão de mãe depois de o meu irmão me matar. -ri-me baixinho apesar de ter tudo menos piada.

Abracei-a com força e olhei-a nos olhos - Não é uma coisa que eu tenha planeada. Nem agora nem nunca tinha pensado nisso.. Eu sou órfão Ellie e com todos os problemas na minha familia nunca pensei ter uma familia... - suspirei - Mas contigo é diferente. - sorri-lhe - Não me importava nada de te dar uma equipa de futebol. E eu sei que tu também não te importavas. - ri.

-Uma equipa de futebol? - arregalei muito os olhos e ri-me à gargalhada - Isso era um sonho tornado realidade. - fiz um ar todo dramático e dei-lhe um beijo demorado - Então.... se eu estiver mesmo, ficamos com ele? - mordi o lábio. Só de pensar numa coisinha minúscula, a minha coisinha minúscula.