Ruas

Ela falou com tristeza quando se lembrou do passado,mas deixei pra lá,eram problemas pessoais e eu não tinha nada ver com aquilo,---Agora que eu vim pensar...ainda bem que fui na sala de música ontem---disse a ela sorrindo,mas realmente,ficará muito feliz em conhecê-la,um garota bonita,e legal que ainda tem saco para me aguentar,se não tivéssemos nos conhecido eu ainda seria com qualquer novato andando timidamente pelo colégio.

Fiz uma cara triste para responde-la ---A...ok...acho que sim---disse sorrindo torto para ela,ainda sentado---Me levanta agora?--- estendi a minha mão e ri após a minha pergunta,eu parecia um idiota quando falava com ela,ria muitas vezes atoa,mas me sentia bem quando estava com ela então quanto mais melhor.

Ela me levantou tendo que usar um pouco de força,admito que botei peso para baixo mas fiquei calado apenas com vontade de rir enquanto ela me levantava,após me levantar fomos andando juntos de volta para o colégio,afinal não tinha mais o que fazer lá,levava em uma mão meu skate e a outra largada e mexendo com meu braço enquanto andava,saímos dali e voltamos ao colégio.

Retribui-lhe o olhar sedutor e com uma mão agarrei na mala para tirar o fantástico "objecto misterioso" que ela lá tinha - Tu sabes... o que tens na mala - gozei com uma voz sensual e aproximei-me para a beijar. E ia beijá-la, se não fosse... o estrondo. Um estrondo, repentino. Em poucos segundos, tudo aconteceu. O carro moveu-se uns metros, o airbag abriu-se, e... fechei os olhos. A última coisa que ouvi antes de perder os sentidos foi o grito agudo de Marie.

Não sei que aconteceu, o que houve nao sei. Só sei que vi James a desmaiar, comecei a ver sangue, a barriga começou a doer-me imenso e gritei com dores, nao conseguia chegar ao telefone e nao conseguia parar de gritar. Parecia que me tinham espetado facas na barriga, vi alguem a passar na rua e so tive tempo de gritar por ajuda e não me lembro de mais, perdi os sentidos.

Desde que entráramos no taxi, a verdade é que ainda nao tinhamos dito nada. Encostara-me ao vidro e nao conseguia parar de pensar nas coisas. Sabia que devia dizer alguma coisa mas nao conseguia la muito bem. Funguei e encostei-me ao seu ombro, vendo que estavamos parados no transito. O que era bom neste taxi é que estavamos tapados da parte de tras, com uma placa a separar o condutor de nós.
Suspirei e mantive-me em silencio agarrada a ele, procurando a sua mão.

- Desculpa princesa, eu não queria que nada disto acontecesse... - disse-lhe triste.

-Eu sei, amor. Só fiquei a pensar numas coisas. - Garanti-lhe, dando-lhe festinhas na mao.

- Posso saber no quê? - perguntei-lhe.

-Nunca pensei que reagisses assim. - Disse, encolhendo os ombros.

- Esperavas que reagisse como ? - perguntei-lhe. Não tinha percebido se era bom ou mau o que ela estava a dizer.

-Não sei assustas-me um bocado naquela altura em que parecias possuido. Mas depois so te queria arrancar dali, não interessava como. Já passou. - E olhei para ele, com o labio ainda todo estranho e beijei-o suavemente.

- Princesa eu passei-me. Eu tive medo que desses ouvidos ao que ele estava a dizer e não me quisesses mais... - disse-lhe.

Olhei-o, chocada.
- Acreditaste mesmo no que ele disse? Nunca penses isso, Justin. Nunca. - E reforcei o nunca, sentando-me no seu colo.

- Tu és perfeita, eu todos os dias tenho medo de te perder, de não ser o suficientemente bom para ti... - disse-lhe sincero.

-Achas que nao tenho medo? Todos os dias tento ser mais e melhor para ti, foste a melhor coisas que me aconteceu e tenho um medo terrivel de te perder. Que encontres um defeito enorme em mim que nao consegues suportar, ou algo muito maior. - Disse, mesmo sincera.

-Não há nada em ti que eu não goste nem nunca vai haver, tu para mim és perfeita. - disse-lhe dando-lhe um beijo e contraindo-me de dor, o meu lábio não estava em muito bom estado.

-Amor, deviamos ir por-te gelo e tratar dessa ferida quando chegassemos ao colegio.. - Disse, dando-lhe um beijo na bochecha. O taxi arrancou e fomos de seguida para la.
(onde quiseres no colegio)

Um taxi levou-nos para perto do colégio e eo suspirei quando lá chegámos. - Acho que vou pôr a Jaz no colégio...Mas não sei o que faça a Jo, merda meu - estava mais a falar para mim que para elas. Precisava urgentemente de juntar dinheiro para pelo menos alugar uma casa.

Mordi o lábio quando o ouvi falar.
- Ahmm... Elas podem ficar no meu quarto ou assim. Depois explicamos à diretora. - encolhi ligeiramente os ombros.

Olhei Mel - Ela não vai deixar, Melissa - suspirei.

Olhei-o e fiz uma careta.
- Claro que vai. Se lhe explicares. A mulher não é assim tão insensível... - fiz uma pausa. - acho eu.

- Está bem eu vou tentar - suspirei. - Vens comigo? - perguntei com um olhar de cachorrinho abandonado.