Jardim

Assim que ela me disse o porquê de ela não gostar de hospitais, engoli em seco.
-Eu... lamento imenso - sussurrei e acariciei as suas costas.

Aconcheguei-me mais no seu peito.
- Não faz mal. -murmurei baixo.

Beijei os seus cabelos e comecei a cantar baixinho para a reconfortar.

Olhei-o enquanto cantava.
- Cantas? - perguntei curiosa.

-Às vezes, quando me apetece - disse-lhe e beijei as suas mãos - E quando alguém está triste.

Abracei-o.
- Não faz mal a sério, eu tenho de me habituar...

Abracei-a de volta.
-Parece que faz parte da vida - sussurrei e comecei a fazer-lhe cócegas para desanuviar.

Remexi-me toda quando começou a fazer cocegas.
- Taylor... não, não. - desmanchei-me a rir.

-Então? - ri-me e continuei a fazer-lhe cócegas - Tu tens imensas, olha para isto Megan Scotts.

Tentei que ele parasse mas era praticamente impossível.
- Taylor! - disse entre risos.

-Vá vou parar, não quero que faças xixi em cima de mim - parei e fugi para trás de uma árvore antes que ela descobrisse que eu também tenho cócegas.

Fiquei a olhar para ele quando se afastou bastante.
- Então?

-Estou a fugir de ti porque eu também tenho cócegas - disse-lhe ainda atrás da árvore.

Levantei-me num instante.
- Vais sofrer. - avisei, aproximando-me cada vez mais, sem lhe dizer o que iria fazer.

-Nem penses, eu não estava triste, tu é que precisavas de te rir, não eu - olhei para ela a aproximar-me perigosamente.

Já estava farta de estar no quarto por isso decidi ir dar uma volta até ao jardim para espairecer um bocado.

- Não sabes se te vou fazer cócegas... - provoquei aproximando-me cada vez mais dele e com um sorriso matreiro nos lábios.

-Por isso mesmo é que tenho medo do que tu possas fazer - arregalei-lhe os olhos e mantive-me escondido atrás da árvore.

Aproximei-me muito mais até o puxar pela sua camisa e colar os meus lábios aos seus.

Assim que ela me surpreendeu com um beijo, sorri e retribui, segurando-a pela cintura.

Estava muito bem a andar quando vi o Taylor e a Megan aos beijos. Desatei a rir. Ia gozar tanto com ele! Voltei para o quarto ainda a rir.

Descolei os meus lábios dos seus continuando bem perto dele. - Boa vingança, para o teu lado... - comentei sorrindo.

-Só para o meu? - sorri - Acho que me vou vingar dessa tua vingança doce - beijei-a intensamente.

- Só teu. - repeti. Deixei que ele me voltasse a beijar e que as nossas línguas, pela primeira vez, se encontrassem.

-Tens a certeza que isto é só bom para mim? - perguntei após me ter afastado um pouco, à procura de ar.