Quarto de Ariel Walker

Meti as minhas coisas todas no chão e atirei-me para a cama. O meu pai andava desaparecido, mais que o costumo, o que me levava a pensar coisas. Suspirei tirando a roupa e indo até à minha casa de banho tomando banho e fazendo todas as coisas que as mulheres fazem para se manterem bonitas. Voltei ao quarto vestindo uma roupa mais normal e sai do dormitório, apesar de detestar este colégio tinha que começar a pensar em conhecê-lo não é?

- É aqui? - quase que parti a porta ao entrar. - Se o dizes, concordo - gozei.

-É. Sim Aiden parte a porta e magoa-te mais - Disse num tom de gozo e fechei a porta - Deves pensar que metes graça - fingi uma cara divertida.

Encolhi os ombros. - Pois parto - dei um pontapé na porta, mas não chegando a parti-la. - Ahhh! - gritei por causa da ferida - Estúpido! - franzi a testa.

Suspirei ajudando-o a deitar-se.
-Pois és, és um grande estúpido, nem com dores sossegas, não é? - perguntei e fiquei surpreendida por estar a ficar mesmo preocupada.

- Olha quem não gosta não come - resmunguei. - Deita-te aqui - bati na colcha da cama.

Abanei a cabeça e fui ao armário.
-Já vou - suspirei pegando numa roupa para me deitar e indo vesti-la à casa de banho. Voltei ao quarto e fui-me deitar onde ele tinha pedido.

Quando ela se veio deitar, já dormia e ressonava, que nem um porco.

Fiz uma careta quando o vi a dormir e a ressonar como se fosse um anormal e tirei-lhe as sapatilhas antes de o tapar com qualquer coisa. Virei-me de costas para ele e adormeci apesar do barulho.

Acordei já de manhã, e vi Ariel ao meu lado. - Bom.. Ahhh! Mau dia! - queixei-me da dor.

Levantei a cabeça quando o ouvi a queixar-se e tive que fechar os olhos outra vez por causa da luz. Virei-me para ele com os olhos ainda fechados. - Bom dia porco. - tirei-lhe a manta de cima e olhei para o curativo que lhe tinha feito - cuidado, não estragues o meu bonito curativo.

- Chamas a isto bonito? - revirei os olhos apontando para o curativo. - Vê-se mesmo que não tens jeito para estas coisas - resmunguei.

-É mesmo por isso que não estou na área de ciências - reclamei - E mesmo assim, preferes ter o meu curativo ou estar estendido no chão a ser pontapeado? - Perguntei amuando.

- Pronto, vá tens razão - admiti. Beijei-lhe o pescoço fazendo-lhe um chupão.

-Au estúpido, marcas não - ri-me tirando a sua cara do meu pescoço e dando-lhe um beijo nos lábios e esperando a sua mudança de humor. - O que é que queres comer? - espreguicei-me e levantei-me da cama.

- Estás incluida no menu? - mexi as sobrancelhas. Puxei-a para mim. - Ariel... - mordi a lingua.

-Não sei se estou, só se estiveres com apetite . - senti-me ser puxada e virei-me para ele quando me chamou. - Aiden. - olhei-o.

- Estou com muito apetite - lambi os lábios. - O que é que nós somos? - perguntei confuso.

Levantei a sobrancelha - Acordaste com o teu bem humorado, foi? - encolhi os ombros com a sua pergunta - tu és o paciente e eu sou a tua enfermeira.

- Não tenho culpa de ser bipolar - revirei os olhos. - Está bem - bufei.

-Pronto, desculpa - ri-me - eu sei aturar pessoas bipolares. - levantei a sobrancelha quando ele bufou e ficou todo coisinho. - O que foi?

Encolhi os ombros. - Nada, estou a ser bipolar - torci a boca.

Abanei a cabeça juntamente com um revirar de olhos e levantei-me indo buscar uma roupa e vesti-a.
-Anda comigo, tenho fome e tu também. - puxei-o para que se levantasse.

Assenti, depois de uma cara preguiçosa. - Apetece-me... Hamburgueres... Tipo boés - dirigimo-nos até à porta.