Casas de banho femininas

Entrei na casa-de-banho e entrei num dos compartimentos ao pé da sanita. Tirei o saquinho de dentro da mala e fiquei a olhar para ele, para tentar decidir. « Tenho de... » Os meus pensamentos foram interrompidos quando alguém entrou na casa de banho; engoli em seco e distraí-me, deixando a droga cair na sanita. Desesperadamente puxei o autocolismo e saí da casa de banho.

Entrei na casa de banho e olhei-me ao espelho. Estava a engordar outra vez e isso nao podia ser! Tranquei a porta da casa de banho e entrei numa cabine. Ja nao fazia aquilo ha algum tempo mas era como andar de bicicleta, nunca se esquece.
Debrucei-me sobre a sanita e vomitei ate estar satisfeita. Senti-me melhor depois de o fazer. Lavei a boca e sai dali.

Entrei correndo no banheiro, o qual demorei para encontrar. Olhei para meu reflexo no espelho e percebi que o kit kat tinha me engordado. Eu sei, talvez fosse apenas coisa da minha cabeça, mas eu precisava fazer isso.
Entrei em uma das cabines e me debrucei sobre a sanita, colocando para fora todo o conteúdo do kit kat.
Sai da cabine e olhei-me novamente no espelho, parecia melhor, embora meus olhos estivessem murchos e aparentemente cansados. Lavei minha boca e escovei meus dentes, e finalmente saí do banheiro.

Três dias depois, todos os episódios decorridos desde que aqui tinha chegado, continuavam a perturbar-me. Acordava várias vezes a meio da noite, depois de ter pesadelos em que o rapaz continuava a fazer-me aquelas coisas. Até já Tom, nas vezes em que nos encontrámos, tinha reparado que havia qualquer coisa de errado comigo. Confiava nele mas achei melhor não lhe contar nada do sucedido, tinha vergonha de mim mesma por deixar que abusassem de mim desta maneira.
Nesse dia de manhã acordei e fui logo tomar um banho. De seguida, entrei na casa de banho ouvindo gemidos vindos de um dos cubículos. Fechei a porta fazendo um pouco de barulho a mais e entrei colocando-me em frente ao espelho a secar o cabelo com uma toalha.

Comecei a rir-me quando percebi que alguém entrara na casa de banho e dei-lhe, à moça que estava comigo, mais forte, fazendo-a gemer ainda mais, até se vir. Vim-me também e saí de dentro dela retirando o preservativo e colocando-o no lixo. - Sai - disse-lhe e ela arranjou.se e saiu. Só saí do cubículo quando ouvi a porta a fechar-se, o que significava que a moça tinha saído. Sorri para mim e saí daquele pequeno quadrado. Assim que olhei em frente vi a moça chorona e continuei a fitá-la.

Depois de secar bem o cabelo comecei a escová-lo para deixá-lo livre de qualquer nó. Aqueles sons estavam a incomodar-me mas não havia nada que pudesse fazer. Não fiquei surpreendida quando vi o rapaz que tanto me assombrava sair a seguir a uma das raparigas que eu já tinha visto colada a outro rapazes várias vezes. Parei por momentos o que estava a fazer e olhei-o através do espelho - Olá.

- Oi, boas? - perguntei com cara de gozo.

-Hum... sim. - encolhi os ombros. Pousei a toalha na bancada e retomei o que estava a fazer, escovando o meu cabelo com cuidado para não me magoar.

- Deixa-mo escovar - disse aproximando-me dela e pegando na escova e começando a escovar lentamente para não a magoar.

Fiquei com medo que fosse fazer-me mal outra vez mas, ao contrário do que eu estava à espera, começou a pentear-me o cabelo de forma muito gentil - Obrigada. - disse baixinho.

Continuei a escovar o seu cabelo e quando terminei pousei a escova na bancada - Estás linda - disse olhando-a pelo espelho.

Abri a boca de espanto ao ouvir aquele elogio vindo dele e mantive-me calada, incapaz de dizer nada. Será que ele tinha um irmão gémeo? Não, não podia ser se não eu já me tinha apercebido disso.

Olhei-a mais um vez e virei costas não dizendo nada e dirigi-me para a porta.

Vi-o ir-se embora e estive em transe durante alguns minutos, incapaz de acreditar que pela primeira vez ele não me tinha feito nada de mal. Olhei o meu reflexo no espelho e passei uma mão pelo cabelo sentindo-o macio. Arregalei os olhos quando olhei para o relógio e vi que já estava a ficar atrasada para o encontro com Tom.

Voltei a entrar muto pouco depois e olhei-a pensativo.

Fiquei tão atrapalhada por ter visto que estava atrasada que deixei cair a minha bolsa com as coisas no chão. Ajoelhei-me para apanhar tudo e quando me levantei vi-o, à minha frente. Dei um grito e deixei cair tudo outra vez.

Ri-me com o seu susto e baixei-me para apanhar as suas coisas. Coloquei-as na bancada e fitei-a. - Vais a algum lado?

Ia-me baixar de novo para apanhar as coisas mas ele adiantou-se e apanhou tudo por mim - Obrigada. - disse, virando-me de costas para ele para arrumar tudo na bolsa mas olhando-o através do espelho - Sim, vou sair com um amigo. - porque haveria de lhe interessar onde eu ia?

- Não queres adiar? - perguntei abraçando a sua cintura por trás.

-E...ele está...à minha espera... - bem me parecia que toda aquela simpatia não podia durar muito tempo.

- Ele pode esperar - disse dando-lhe beijinhos no pescoço.

-Mas... ele vai ficar preocupado. - assim como a sua simpatia não tinha durado muito, o meu auto controlo também já se estava a ir todo. Perdi a força nas mãos e deixei cair a bolsa em cima da bancada. Pousei as mãos na mesma para me manter equilibrada.

- Não vai...tu depois explicas o que aconteceu - disse e virei-apara mim - Deixa-me beijar-te..

-E digo o quê? - deslizei sobre mim mesma e encostei-me à bancada mantendo as minhas mão na mesma, ao lado do meu corpo - Não... - abanei a cabeça.