Zoo

Visto da entrada parecia ser um grande Zoo. Colocamo-nos na fila para comprar os bilhetes.
- Isto parece ser grande. - comentei enquanto esperávamos pela nossa vez.

-É enorme - disse e finalmente chegou a nossa vez, comprei dois bilhetes e entrámos lá dentro - Queres começar por que animais?

- Não fui justo pagares os bilhetes todos... - fiz uma careta. - Estou em divida contigo.- avisei-o, não querendo ouvir um não ou algo parecido. Olhei em volta vendo a zona dos tigres perto de nós. - Que tal os tigres? - apontei para os mesmos com o queixo.

-Qualquer dia, retribuis - ri-me - Não te preocupes com isso.

-Vamos até aos tigres então - sorri e fomos até lá - Eish, ganda dentadura.

- Preocupo sim! - refilei, fazendo novamente uma careta. - É melhor teres cuidado antes a dentada fique no teu braço. - ri-me olhando para o seu braço que tinha uma pequena tatuagem.

-Não! Isso é que já não -esfreguei os meus braços - Eu não gosto de dentadas. Sinceramente os tigres metem-me medo, gosto mais dos pinguins.

Desviei o meu olhar para ele por momentos e de seguida para um leão que se aproximava da rede, perto de nós. - Eu prefiro os golfinhos. - sorri.

-Os golfinhos são interessantes - disse - Estes felinos é que metem medo - ri-me nervosamente.

Eu conhecia um dos treinadores dos golfinhos, podia falar com ele e arranjar de nadarmos com eles, sem pagar.

Peguei na sua mão com algum cuidado. - Anda vamos ver o resto. - sorri puxando-o comigo para outra zona do zoo.

Sorri quando ela me pegou na mão e acariciei-a para ela não estar tão tensa.

Fomos parar à zona dos macacos.

-Olha, aquele é meu primo - apontei para um deles com a minha mão livre - E aquele é o meu avô.

Ri-me às gargalhadas com o seu comentário.

- OMG, tu não existes! - comentei sem conseguir parar de rir.

Por acaso não existo mesmo, pensei para mim mesmo.

-Se eu não existisse, não me estarias a tocar - levantei as nossas mãos e sorri ao vê-la rir-se.

Larguei a minha mão da sua, antes que ele pensasse que estaria a abusar.

- Assim já posso dizer que não existes. - sorri triunfante.

-Okay, então eu posso fazer isto - fui contra ela - Sou transparente - ri-me - Ou preferes que seja como o meu primo e o meu avô?

Coloquei as minhas mãos no seu peito quando veio contra mim, e olhei para cima para o olhar nos olhos visto que ele era um pouco mais alto que eu. - És assim tão gordo para vir contra mim? - ri-me.

-Eu? Não reparaste que aqui os macacos são a minha família adoptiva? - perguntei enquanto ela ainda tinha as suas mãos no meu peito - Eu sou mesmo filho dos hipopótamos. Tipo aqueles do Madagáscar. Sou filho do Motto Motto.

- Eu já tinha reparado que tinhas algumas parecenças com os macacos, mas agora tenho mesmo a certeza que são da tua família. - desatei a rir à gargalhada. - Ahmmmm, por isso é que és tão gordo e vens contra mim. - brinquei, dando-lhe uma chapadinha no seu peito.

-Eu vou contra ti, porque dizes que não existo - ri-me e toquei no meu peito - Auuu, isso doeu, menina!

Peguei-lhe na mão e puxei-a até à zona dos golfinhos.

- Se fosse a tua, considerava a hipótese de ires ao hospital pela minha chapada. - gozei com ele. Deixei que ele puxasse a minha mão até à zona dos golfinhos, que era bastante grande. - Golfinhos. - sorri abertamente.

-Eu posso morrer por isto! - fingi-me chocado - Espera aqui.

Avistei o meu amigo treinador e rapidamente fui falar com ele para ele nos deixar nadar com os golfinhos e ele deu-nos autorização.

-Que me dizes a irmos nadar com os golfinhos? - perguntei-lhe assim que voltei.

Ele tinha ido falar com um rapaz e enquanto isso, eu tinha ficado distraída a ver os golfinhos nadarem num tanque onde as crianças estavam sentadas no chão em frente do mesmo.

- Estás a falar a sério? - perguntei com os olhos a brilhar e com um sorriso enorme.

-Yup, eu conheço o treinador. Temos autorização. Mas na piscina de lá dentro. Bora - estendi a mão e sorri ao ver o seu sorriso.

Dei-lhe a mão para ir com ele e deixei-me ser conduzida por ele que ia à minha frente.
- Tens noção que te vou encher de beijinhos assim que sairmos daqui, não tens? - sorri.

-Não, mas é bom ouvir isso - ri-me - Entra aí para vestires o fato - sorri-lhe e fui vestir o meu.