Quarto de James J.

Sorri e recomeçamos a jogar.
- Vê se te concentras.

-Estou concentrada, senhor convencido. - deitei-lhe a língua de fora e joguei um ás que era mais forte que a carta dele - Parece que alguém vai ter que se despir. - soltei uma gargalhada.

Abanei a cabeça.
- Não tentes adivinhar o futuro.
Joguei a última carta.
- Toma lá.
Apontei para ela.
- Vá, mais uma.

Levantei-me e desabotoei os calções tirando-os e mandando-os para cima dele irritada por ser a mais despida - Nesta não me ganhas. - ameacei e atirei a carta que queria jogar para a cama.

Gargalhei, divertido.
- Vais ficar completamente nua, sabes?

-Não vou não. - contrapus cruzando os braços - Joga e cala-te. - apontei para a minha carta já jogada, impaciente.

Comecei a jogar também.
- Talvez seja melhor mudares de ideias.

-Mudar de ideias em relação ao quê? - perguntei ajeitando a almofada atrás de mim.

Mordi o lábio ao olhá-lo.
- Quanto ao ganhares esta partida.

-Não me parece. - encolhi os ombros - Eu não gosto desistir. - sorri convencida apesar de lá no fundo saber que ia acabar nua.

Ri-me, enquanto ganhava mais uma vez.
- Despe.

Levantei-me de novo para que ele visse o meu corpo muito bem e mordi o lábio - Tens preferência? - provoquei fazendo uma pose sexy.

Mordi o lábio.
- Acho que ia tudo de uma vez.

-Isso é que não. - pus as mãos nas ancas - Regras são regras. - levei as mãos às costas e desapertei o soutien deixando-o cair.

Mordi o lábio.
- Pois. Mas sou eu que decido as regras. - fiz uma careta.
Voltei a dar as cartas.

-Não fiques impaciente. - agarrei nas cartas - Mais uma e ganhas, para mal dos meus pecados. - resmunguei.

Sorri, convencido.
- E comando a cena toda.

-Comandas comandas. - resmunguei e joguei a última carta - É agora ou nunca. - recostei-me nas almofadas ainda com esperança de ganhar pelo menos mais aquela, que era a última.

Gargalhei.
- Estás com muita esperança, novamente.
Continuei a jogar.

-A esperança é a última a morrer. - sorri-lhe e cruzei as pernas à chinês.

Ri-me.
- Tens uma peça. Eu tenho duas.

Cruzei também os braços.
-E eu sou muito inteligente e ainda posso ganhar-te. Joga que me estás a matar de curiosidade. - pedi.

Abanei a cabeça, jogando uma carta intermédia.
- Matei?

-Sim, despe-te. - sorri vitoriosa ao ver que tinha ganho a jogada - Mais uma jogada e vemos quem ganha ou perde. - esfreguei as mãos.

Ri-me e levantei-me, despindo as calças.
- Agora sou eu e pronto.
Dei as cartas e recomeçamos num jogo aceso; acabei por ganhar e sorri, vitorioso.
- Vá lá, babe.