Parque de diversões abandonado

Não sei o que bebi naquele cafe. Tinha o telefone comigo mas nao sabia o que fazia. Comprei imensas garrafas de vinho e bebidas, como vodkas, malibus e aguardentes. Após as beber sentei-me numas escadas antigas e mais que partidas e comecei a mandar as garrafas vazias lá para baixo. Ri-me imenso, tirando o meu maço de tabaco escondido e fumei de seguida, deixando-me zonza e a voltar a chorar novamente.
Como é que nunca me haviam contado? estava desesperada, sem saber que rumo tomar. e queria Louis aqui comigo mas estragara as coisas todas. Bebi de um gole metade da garrafa e vomitei para um lado, limpando logo a boca a uns lenços que tinha na mala.
-Merda para tudo. Merda para tudo! - Gritei, feita maluca. Depois, senti passos.

Quando saí do chinês, já não havia sinais daquele cabelo loiro ao qual eu tanto me apaixonara. Aquela miúda que mudara a minha vida. As lágrimas escorreram-me pelos olhos e dei um pontapé no lixo, andando pela cidade a pensar o que tinha feito. Naquele momento, senti uma vibração no meu telemóvel. Caíram-me mais lágrimas ao ler a mensagem, mas desta vez eram de felicidade. Corri até encontrar o parque abandonado, e quando finalmente o encontrei, avistei Sum num sítio perigoso, num carrossel com alguns cavalos já caídos e enferrujados. Corri até ela e puxei-a para mim, sem a largar e sem controlar sequer a força que fazia naquele abraço - Eu amo-te. Não interessa o que ele sinta por ti. EU amo-te. - foi tudo o que consegui dizer.

Ao ouvi-lo, só me apetecia chorar e agarrá-lo mas , incrivelmente nunca tinha apanhado uma bebedeira tão grande que, ao abrir a boca para lhe responder, desatei a rir. Gargalhei alto como se me estivessem a atordoar de cócegas. Depois, recomecei a chorar e agarrei-o possessivamente.
- Eu amo-te tanto, és a melhor coisa da minha vida. - Solucei, enquanto tentava limpar as lagrimas e lhe beijava a face toda. - Só quero. Só quero estar contigo. SÓ. - E aí apercebi-me de onde estavamos, agarrando-o mais.

Agarrei-a e desci calmamente dali, esperando para estarmos num lugar seguro para lhe responder. Sentei-a num banco ao meu colo, afastando-lhe o cabelo da cara - Estás bem? - sussurrei, preocupado - Nós vamos ficar juntos. Eles, eles não interessam. - assegurei-lhe.

Fui até a um parque de diversões que tinha avistado quando estava no bus e como não me apetecia ficar num quarto fechado saí na paragem a seguir, que não era muito longe. Pelo caminho para o parque mandei sms à Agnes para que viesse ter comigo.

Saí do colégio e fui ter ao parque de diversões que ele me tinha dito. Assim que lá cheguei vi-o logo e sorri para mim, caminhei até ele e abracei-o por trás. - Olá... - sussurrei-lhe ao ouvido e depois dei-lhe um beijinho no pescoço.

Assim que os meus ouvidos toparam a sua voz eu sorri e virei-me para ela agarrando-lhe com uma mão na cintura e a outra no seu rosto e beijei-a. - Olá princesa - sorri-lhe.

Sorri quando se virou para mim. - Correu bem o trabalho? - perguntei e juntei a minha boca à sua dando-lhe muitos beijinhos na mesma.

- Amanhã não vai correr de certeza - ri-me contra os seus lábios - O homem quer que trabalhe o dobro por ter faltado..

- Ohh. - fiz um ar de lamento e puxei-o mais contra mim. - Ele é mau. - ri-me e beijei-o muito intensamente.

Retribui o beijo apertando-lhe o rabo - Emprestou-me o carro, não o acho mau - disse entre o mesmo.

Mordi o lábio ao ele apertar-me o rabo. - Eh, lá isso é verdade. - encolhi os ombros e sorri-lhe beijando-o repetidas vezes. - Porque é que viemos para aqui? - perguntei olhando em volta e sem me desapegar dele.

Encolhi os ombros olhando em volta também - Estava a olhar pela janela do bus e vi isto...queres experimentar? - disse-lhe com um sorrisinho safado.

Ri-me e assenti levemente com a cabeça. - Claro que quero. - disse sorrindo-lhe.

- Vou ver de ponho esta merda a trabalhar. - disse e fui para a cabine que pertencia à roda gigante. Estava tudo sujo, cheio de pó e bichos. Abri a porta que dava acesso à zona eletrica e inspecionei os fios - Foda-se está tudo velho, acho que não dá para aproveitar nada - gritei para Agnes.

- Oh... - disse fazendo um ar de lamento ao ele dizer aquilo, e fui até mais perto dele. - Pois isto está mesmo tudo velho... é um parque abandonado... - olhei em volta. - E mesmo que funcione não quero ficar presa aí num sítio qualquer.

- Há sempre maneira de sair, e eu não saio daqui sem pôr esta merda a trabalhar. Anda ajudar-me. - disse e fui até ela e puxei-a para a cabine e beijei-a.

Abanei que não com a cabeça enquanto ele me beijava. - Isto ainda cai Mike... - disse quando separei o beijo. - Está tudo podre e sujo... - encostei-me mais a ele para me afastar das coisas que lá tinha que estavam cheias de pó.

- Êpa Êpa Êpa, a serio Agnes? - revirei os olhos - Saltaste de uma ponte que poderias ter morrido e ficar aqui nao queres -.-

- Pronto, está bem -.-. - revirei os olhos. - Ficamos aqui. Como estás a pensar pôr isso a funcionar hm? - perguntei olhando-o.

- Meu se lá... - olhei para os fios eletricos e depois olhei-a. Comecei para lá a mexer - Vê se dá agora, nesses botãozinhos atrás de ti.

Cruzei os braços e olhei-o enquanto ele mexia nos fios. Ohei para os botões que tinha atrás de mim e fiz uma careta enquanto carregava neles e aquilo fez um barulhinho apesar de não estar a dar. - Não... - disse enquanto continuava a carregar.

Suspirei e mexi mais nos fios e fui até ela carregado o botão "on" e algo lá fora se ouviu. Sorri-lhe e saí da cabine e vi a roda a girar um pouco mal e barulhenta, mas andava - Nada mal, hein? - disse pondo as mãos à cintura e olhando-a com um sorriso orgulhoso

Segui-o para fora da cabine e arregalei os olhos quando vi aquilo a girar. - Hm boa! - sorri-lhe e fui dar-lhe um beijo na bochecha. - Mas vamos mesmo ter de andar nela? É que aposto que vai parar quando estivermos a passar lá em cima... - apontei para o topo da roda. - Nos filmes é sempre assim. - ri-me do que eu própria disse.