Feira Popular

Dei-lhe um murrinho no ombro.
- Olha que eu desfaço-te essa ''carinha linda''. - fiz aspas, provocando-o.

Encolhi os ombros.
- Depois se eu não arranjar trabalho, mancho a tua reputação.

Gargalhei.
- As pessoas já não te querem e não...- gozei.

Revirei os olhos.
- Não duvides das minhas capacidades.

Ri-me.
- Ou da falta delas...- disse baixinho, mas de forma a que ele também ouvisse.- Não duvido..- tossi.

Nem respondi.
Ela que duvidasse.

Sorri, dando-lhe um toque com a mão.
- Ei, eu acredito em ti...- disse já sincera.

Encolhi os ombros.
- Está bem.
O carrosel parou de andar.

Suspirei. Tom levantou-se para sair pois o carrossel parara. Agarrei a sua mão, virando-o para mim.
- Ficaste chateado? - perguntei olhando-o e largando a sua mão.

Abanei a cabeça.
- Não. Só não gosto que duvidem de mim!

Beijei a sua bochecha.
- Desculpa, eu só me estava a meter contigo...- disse pegando no peluche.

Encolhi os ombros.
- Hmm... - olhei o relógio. - Já está a chegar à hora de almoço.

Olhei-o.
- Queres ir almoçar a algum lado ou queres voltar para o colégio? - inquiri.

Mordi o lábio.
- Para o colégio. Tenho que ligar ao meu irmão e assim...

Assenti.
- Hum-hum...- murmurei.
Caminhei até ao carro, entrando.Esperei que Tom entrasse e conduzi para o colégio.

- Desde pequenino que gosto de feiras populares. Que me dizes em andarmos na roda gigante? - segurei-lhe em ambas as mãos e beijei-lhe levemente os lábios.

Aproximei-me de si, sorrindo depois contra os seus lábios.
- Vamos lá. - respondi entrelaçando os nossos dedos, e coloquei-me na fila para comprarmos os bilhetes com ele.

Comprei os dois bilhetes e fomos sentar-nos num dos baloiços. Quando todos eles encheram a roda começou a girar. Nos baloiços apenas se viam casalinhos apaixonados e nós não éramos exceção. Meti um dos braços por trás dela e aconheceguei-a.
- Espero que não tenhas medo das alturas princesa.

Aconcheguei-me a ele pousando-o depois uma mão por cima da minha perna.
- Não tenho, descansa. - tranquilizei-o. - Mesmo se tivesse estavas cá tu. - sorri abertamente.

- Claro, eu nunca deixaria que tivesses medo, nem nunca vou deixar. Tu comigo não precisas de ter medo de nada, só de mim mesmo. É que eu às vezes sou perigoso. - murmurei esta última frase ao seu ouvido.

Puxei-o para mim dando-lhe um beijo na sua bochecha e entrelacei os meus dedos nos dedos, brincando um pouco com os mesmos.
- Medo de ti? - soltei algumas gargalhadas audíveis. - Uuuu ele é perigoso. - brinquei.

Entrelaçou os seus dedos nos meus e assim ficámos...
- Muito perigoso mesmo, cuidado! - com a mão que estava livre, fiz-lhe cócegas no pescoço.

Encolhi-me toda ao sentir que ele me fazia cócegas e comecei também a rir à gargalhada, a sorte é que na nesta cabine apenas estávamos nós.
- Bry...an... - tentei dizer o seu nome enquanto me ria.

Era bastante divertido fazer-lhe aquilo.
- É para não duvidares que consigo ser bem perigoso. - acabei por parar.

Finalmente ele parou.
- Assim está melhor. - sorri, aproximando-me de novo dele.