Quarto de Chelsea Monroe

Andamos pelos corredores femininos até que chegamos à zona onde os alguns dos quartos ainda não tinham a plaquinha com o nome do seu dono.
- Talvez seja este. - comentei visto que era o mais próximo dos quartos com plaquinhas.

Abri a porta que ele indicara, acabando por dar de caras com o meu quarto.
- Bingo.
Sorri e entrei, pousando as malas junto ao sofá.

Bem, o quarto dela era mesmo fixe. Entrei e pousei a mala ao pé da outra que ela trazia
- Estas entregue, eu vou indo... - comentei indo novamente até à porta.

Olhei-o por cima do ombro.
- Podes ficar, isto é, se não tiveres nada para fazer e...
Encolhi os ombros.

Virei-me novamente para ela, parando ao pé da porta.
- E? - perguntei, para que ela continuasse.

Vi-o a olhar para mim.
- ... se quiseres. - completei.

Encolhi os ombros.
- Eu não quero incomodar, deves estar cansada...

Encolhi os ombros.
- Vim de relativamente perto e não fiz o caminho todo.
Só tinha feito os últimos vinte quilómetros no meu carro, visto que até lá o meu pai tinha conduzido e depois ido para o trabalho de táxi.

Encolhi também os meus ombros.
- Queres ir dar uma volta? - perguntei receoso de levar um não.

Assenti levemente enquanto pegava nas chaves sobre a secretária.
- Sim, pode ser.

Abri novamente a porta do seu quarto.
- Vamos. - sorri. - Onde queres ir? - perguntei.

Encolhi os ombros.
- Não sei, não conheço nada. - admiti.
Saimos do meu quarto e tranquei a porta.

onde quiseres.

Entrei no seu quarto e deixei-me cair em cima da cama como ela me tinha pedido.
Só esperava que ela voltasse rapidamente...

Entrei no quarto e vi-o sobre a cama; pousei as coisas sobre o sofá.
- Como te sentes?
Liguei a televisão e tranquei a porta, sentando-me ao seu lado e mexendo no seu cabelo levemente.

Fechei os olhos ao sentir as suas mãos no meu cabelo.
- Com uma moca do caraças... - murmurei.

Ri-me.
- Podes dormir à vontade, trouxe-te umas t-shirts, calças, boxers e assim...
Dei-lhe um beijo sobre a bochecha.

Continuei de olhos fechados.
- Vê lá o que me fazes... - murmurei mais baixo.

Suspirei.
- Não farei pior do que elas, acredita.
Vi-o fechar os olhos e levantei-me; peguei num pijama (calções e top) e dirigi-me à casa de banho, onde me troquei. Quando voltei ao quarto fechei as persianas e as cortinas e dirigi-me para o seu lado.
- Queres que durma contigo?

- A cama é tua... - a voz saia-me cada vez mais prolongada.
Já não sei se ela disse mais alguma coisa, porque dito isto acabei imediatamente por adormecer.

Suspirei.
- Cabras. - murmurei entre dentes.
Abri a cama e cobri-o com os lençóis o máximo que consegui; deitei-me ao seu lado e fiquei a ver televisão durante um bocado.
Assim que a desliguei, acabei por adormecer com o meu corpo encostado ao de Ren.

Acordei de manhã com uma dor insuportável de cabeça, parecia que tinha explodido uma bomba dentro de mim, e só, um pouco depois é que reparei que Chelsea dormia encostada a mim.
Permaneci no mesmo sítio, quieto e calado para não a acordar.

Acabei por acordar e abri os olhos lentamente.
- Como te sentes? - perguntei, ensonada.

Sorri levemente quando ela acordou e fiz uma careta à sua pergunta.
- Doí-me a cabeça. - admiti. - Tens ai algum comprimido?

Esfreguei os olhos.
- Ahm, sim, acho que sim.
Levantei-me e dirigi-me à minha mala mais pequena onde tinha os compridos; tirei um para as dores de cabeça e peguei numa garrafa de água, dando-lha.