Quarto de Chelsea Monroe

Agarrei no comprimido e de seguida na água e tomei-o rapidamente.
- Obrigado por isto.

Sorri.
- Pelo quê, senhor frágil?

Pousei a garrafa de água a meu lado, voltando depois a olhar para ela.
- Por tomares conta de mim... não estava a ver uma rapariga que conheci no próprio dia a tomar conta de mim. - admiti.

Encolhi os ombros enquanto pousava a garrafa sobre a mesinha de cabeceira.
- Não sou assim tão insensível.
Sentei-me, colocando as pernas à chinês.
- O que vais querer comer?

Olhei-a, reconfortando-me na almofada.
- Não quero nada... - respondi. - Se calhar é melhor ir-me embora, deves ter coisas para fazer.

Revirei os olhos.
- Se te levantas dessa cama com a ideia de ires embora, nunca mais me fales. - avisei.

Fiz cara de cachorrinha abandonado.
- Já não digo mais nada. - murmurei escondendo a minha cara dentro dos cobertores e lençóis.

Sorri.
- Acho muito bem.
Levantei-me.
- Vou só tomar um banho. Nada de espreitar, ok?

Assenti com a cabeça.
- Tudo bem, eu vou espreitar. - brinquei.

Olhei-o de forma fulminante e acabei por me rir, abanando a cabeça.
Fui buscar roupa à mala e dirigi-me para a casa de banho, entrando e fechando a porta.

Voltei a fechar os olhos quando ouvi a porta da casa de banho fechar-se.
Pouco depois, quando dei por mim já estava a dormir.

Tomei banho e vesti-me; penteei o cabelo, lavei os dentes e depois abri a porta.
Ri-me ao ver Ren dormir e corri, subindo as pequenas escadas; atirei-me para cima dele e beijei a sua bochecha.
- Oh dorminhoco.

Acordei com Chelsea em cima de mim, o que me fez sorrir.
- Dorminhoco drogado... - corrigia fazendo uma careta.

Encolhi os ombros.
- Ninguém te manda dar letra a pindéricas. - sorri.

Revirei os olhos.
- Aposto que fizeram aquilo por não ter aceitado à primeira...

Olhei-o seriamente.
- Não, Ren. Elas fazem isso para levar gajos para a cama.
Dei-lhe uma palmadinha na face.
- Aprende que eu não duro para sempre.

Arqueei uma sobrancelha.
- Isso quer dizer que já o fizeste...?

Abanei a cabeça.
- Estás na América. E há gajas que são capazes de fazer tudo. No meu antigo colégio era bem pior.

Olhei-a.
- Daqui a uns tempos vemos se isto é pior ou não... de onde estava.

Rodei para o lado, deitando-me na cama de barriga para cima.
- Pelo menos conheces-me. - provoquei.

Fiz uma careta.
- Estás a tentar dizer-me que conhecendo-te o colégio já se torna bom? - ri-me.

Assenti.
- Muito melhor, vais ver.
Pisquei-lhe o olho.

Abri a boca fingindo-me de chocado com ela.
- Convencida. - resmunguei.

Encolhi os ombros e sorri.
- Com o tempo verás que é realista.

Sorri também.
- Ou não... - provoquei-a.