Bar

-Se fosse ao contrário tu não arrancavas cabelos era logo ao murro - disse entrando no carro e pondo o cinto quando me sentei. Suspirei audivelmente encostando o meu queixo ao meu punho. - Estás bem para conduzir? - perguntei com o coração aos saltos.

-Eu sei, está bem? - respondi bruscamente acabando por me calar. Encostei a cabeça no banco e liguei o carro arrancando - Estou ótimo. - respondi focando o meu olhar na estrada. Abri uma janela para apanhar algum ar.

-Está bem - disse-lhe no mesmo tom ficando em silêncio durante algum tempo e mordendo a parte de dentro da minha bochecha sempre que revivia a gaja a roçar-se. Ai que murros!
-Tens a certeza? - perguntei só para ter a certeza encolhando-me no banco.

James conduziu o carro até ao bar mais próximo. Saímos do carro e sentamo-nos num mesa.
- Como vão as coisas com a Irina?
Tirei um cigarro do maço que estava na carteira e acendi-o.

Sentámos-nos na primeira mesa e ouvi.a, respondendo-a de seguida.-Descartei-a. - Fiz sinal ao empregado e pedi duas caipirinhas para começar.

- Ui tão frio! - disse mandando o fumo fora. - Ela era simpática.
Vi o empregado trazer duas caipirinhas e apressei-me a acabar o cigarro, bebendo em seguida um pouco.

Bebi um pouco e ri-me ao ouvi-la. - É, mas não faz o meu estilo. Prefiro selvagens. - Ri, levantei-me, ainda com o copo na mão. - Vamos dançar?

- Sabes muito tu. - ri-me e segui-o também de copo na mão. - Isto está apinhado de gente! - gritei pois a música estava muito alta e comecei a dançar enquanto bebia mais um pouco de caipirinha.

Encostei o meu corpo ao dela enquanto dançávamos ao som da música. - Pois está, mais uma desculpa para estar colado a ti. - Gritei perto do seu ouvido e de seguida dei mais um gole na caipirinha.

Ri-me e bebi mais um pouco, dançando com ele. - Estás descontrolado hoje, o velho James está de volta!

Ri-me e voltei a beber. - Está de volta e pronto para curtir a vida! - Pousei a mão livre na sua anca e aproximei-a ainda mais de mim.

Coloquei um braço por cima do ombro dele, segurando a bebida com a outra mão e acabando-a finalmente.
- O que é que tu queres, James? Já te conheço. - ri-me.

Acabei a bebida enquanto a ouvi-a, juntei os dois copos e pousei num tabuleiro que passara ao nosso lado. Pousei a outra mão na sua anca. - Divertir-me e tu? - Pisquei-lhe o olho.

Revirei os olhos e sorri. - O mesmo, claro. Sem preocupações. Pus o outro braço em volta do pescoço dele e deitei-lhe a língua de fora.

Ri com o seu comentário e assim que deitou a língua de fora, mordi-lhe a língua carinhosamente.

- Andamos muito saidinho da casca. - sorri passei a mão pelo cabelo dele.

Ri. - Não podes falar muito... - Olhei em redor, antes de a voltar a olhar. - Ao menos agora já não me bates. - Ri, referindo-me ao seu gesto.

- Não? Porquê? Eu não fiz nada! - ri. Peguei num copo de vodka com limão de uma bandeja de um empregado que passava ali e voltei à nossa conversa: -Já te conheço melhor.

Retirei-lhe o copo e bebi o mesmo, deitei-lhe a língua de fora e pousei o copo na bandeja de um empregado. - Não te faças de inocente. Ainda bem, se não ficava negro. - Ri e a continuei a dançar ao ritmo da música.

Vi-o a tirar-me o copo da mão e a acabar com a bebida: - Então! Nem deu para aquecer!
Dei-lhe uma pancadinha ligeira na cabeça. - Parvo. Eu sou inocente sim. - ri.

Ri antes de retirar outro copo igual da bandeja de um empregado que reclamou mas que eu ignorei, dando o copo a ela. - Pronto, outro igual. - Ri. - És lá agora.

- Thank you! - dei-lhe um beijinho na cara e bebi um pouco. - Eu sou uma santa até! Sabias que o Vaticano está a planear fazer-me uma estátua para que todos me possam adorar? É verdade, não é pra todos. - ri-me e pisquei-lhe o olho.

Ri.- Sim, claro Candice, então não.. - Ri e bebi da sua bebida.

- Só digo verdades! - soltei uma gargalhada, já estava a começar a ficar um bocadinho tocada. - Pede uma bebida pra ti, oh! Tirei-lhe o copo da mão e bebi tudo de penalti.

Ri. - Minha cara amiga, já não bebes é mais nada. - Peguei no copo e entreguei-o à primeira pessoa que passou.