Cozinha

Acabamos de arrumar a cozinha rapidamente, visto que tudo o que eu tinha usado para fazer a lasanha já estava no seu devido lugar. - Vou tomar banho, vens? - perguntei com um sorriso.

-Não perdia nem por nada. - agarrei-a na cintura e fomos até à casa de banho.

Antes de ir para a cozinha deixei o pequeno saco com as roupas da bebe na sala de estar, dirigindo-me depois para a cozinha. Coloquei um avental e comecei a desfolhar os olhos procurando rápido para fazer para o nosso almoço.

Depois de deixar a lata de tinta no quarto do bebé desci as escadas e fui ter com Philippa até à cozinha que estava muito concentrada a fazer o almoço. Pus a mesa e quando acabei sentei-me no balcão a observá-la.

Preparei uma coisa simples: massa com Matt. Coloquei a travessa na mesa sem dizer nada. - Esta ai. - murmurei apontando o prato. Na verdade se calhar tinha sido um pouco injusta com ele, mas ele não podia sempre pagar tudo. A minha vontade de comer não era nenhuma por isso apenas tirei uma colher para o meu prato.

Deitei-lhe um olhar resmungão e levei comida à boca. Bebi um pouco de sumo para ajudar a descer mais depressa - Só vais comer isso? - perguntei tentando esconder a preocupação na minha voz.

-Sim. - respondi simplesmente. Comi aquilo e bebi um pouco de sumo que permanecia no copo e levantei-me de seguida. - Deixa as coisas em cima da mesa, depois eu arrumo... - informei-o indo para a sala de estar.

Entrei na cozinha de mão dada com ela e larguei-a começando a juntar todas as coisas de que iria precisar para fazer um arroz de pato - Não precisas de ajudar amor, está descansada que eu não queimo a casa. - ri-me.

- Pronto okay, quero ver o que vai sair daí. - admiti rindo-me. - Então vou fazer um bolo... - sorri pensando já num de chocolate.

-Vai sair daqui um manjar dos deuses. - sorri convencido e coloquei o pato a cozer numa panela e o arroz noutra - mas tu não sabes estar quieta? - perguntei aproximando-me dela.

Puxei-o para mim, passando o meu dedo na farinha e depois no nariz de Matt. - Sabes que não... - soltei algumas gargalhadas, dando-lhe um leve beijinho.

-Bem. - fiz um sorriso provocador e tirei um pouco de farinha que espalhei com a ponta do dedo na cara dela - Não vamos começar com lutas, porque eu ganho. - sorri convencido.

Ouvimos a campainha e limpei rapidamente a minha cara. - Eu vou, espero que seja o Tom. - sorri correndo para a porta.

Deixei-os e vim para a cozinha onde o jantar se fazia. Misturei o arroz e o pato já cozidos e deitie por uma uma gema de ovo levando a comida ao forno de novo.

- Então, amor? - perguntei aproximando-me dele, sem resistir a roubar-lhe um beijo. - Precisas de ajuda? - perguntei olhando para dentro do forno.

Virei todo o meu corpo na direção dela e puxei-a para bem perto de mim beijando-lhe o pescoço depois de afastar os cabelos que me bloqueavam a passagem - Está tudo controlado. - murmurei.

Abracei o seu pescoço com os meus braços puxando-o mais para mim. - Não estamos sozinhos, amor... - comentei rindo-me.

-Eu sei... - suspirei. Afastei-me ligeiramente dela olhando-a nos olhos e beijei-a mais uma vez - Ajudas-me a preparar a mesa da sala de jantar? - perguntei.

- És demasiado viciante... - comentei contra os seus lábios, afastando-me de seguida para ir buscar os pratos. - Eu ponho a mesa, não te preocupes. - sorri, esticando-me para tirar os pratos.

Sorri para mim mesmo e ajudei-a tirando os talheres da gaveta - Mas eu posso ajudar-te. - insisti - Eu não quero ser o homem que fica sentado a ver televisão enquanto a mulher faz o jantar e trata do filho. Esse homem acaba sempre gordo e feio. - ri-me.

- Da filha. - corrigi fazendo uma careta. Fiquei por algum tempo a olhar para ele, acabando depois por sorrir. - Não sei o que fizeste, mas estou completamente apaixonada por ti... - murmurei aproximando-me para lhe dar um beijo.

-Isso, ainda me custa a acreditar. - cocei a cabeça e sorri - Pois nem eu próprio sei. O certo é que aconteceu contigo e com mais umas quantas. - abri o pequeno armário onde guardávamos várias coisas e tirei de lá uma embalagem com guardanapos de papel com um padrão.

- Eu também, mas estou feliz que tenha acontecido. - sorri babada como fazia sempre que falávamos na pequena Sophie. - Essa parte da conversa já não me agrada... - resmunguei fazendo uma careta mesmo feia.

-Também eu, mais feliz que nunca. - sorri e coloquei-me atrás dela beijando-lhe a bochecha - eu escolhi-te a ti parva. - ri-me.

Olhei-o nos seus olhos castanhos. - Acho bem o tenhas feito. - sorri convencida. - Mas agora podes ter a certeza que não foges de mim, nem da Sophie. - ri-me, indo depois tirar os copos do armário.