Casa de Banho - 1º andar

-Eu sou mais que um anjo! - fiz linhas imaginárias com a espuma na sua barriga - Eu sou um deus. - sorri e ao acabar de falar senti um grande pontapé vindo da barriga de Philippa - Como poderia não sentir? - continuei a fazer pequenos desenhos pois a minha filha parecia estar a gostar.

- Foi o primeiro pontapé. - comentei sorrindo sempre. - Acho que não sou a única a achar que tens umas mãos de anjo, por isso agora vais ser cobiçado por nos as duas. - ri-me.

-Bom, assim vou ter que começar a cobrar. - soltei uma gargalhada. Voltei a ligar o chuveiro e ajudei-a a pôr-se de pé para tirar toda a espuma do seu corpo. Quando terminei, passei-lhe a toalha para que ela se envolvesse na mesma.

- Cobrar não. - murmurei fazendo cara de cachorrinho abandonado. Aceitei a toalha que ele me tinha dado e enrolei-me na mesma, tirando outra do armário para o meu cabelo.

Peguei-a ao colo com jeitinho e dei-lhe um beijo na bochecha - Queres que te leve para o quarto? - perguntei ainda sem a pôr no chão.

- Hoje tenho direito a tratamento de princesa. - comentei beijando o seu pescoço levemente, visto que não chegava à sua cara. - Mas sim, quero. - sorri.

Apanhei a garrafa do chão e corri atrás dela para dentro de casa. Subi as escadas a correr e bati com força na porta da casa de banho - ABRE A PORTA, JÁ! - ordenei.

Eu tinha de arranjar maneira de sair dali, eu estava cheia de medo dele...
Permaneci calada deixando-me cair no chão da casa de banho.

-Não queres abrir a porta então vais ficar aí fechada porque eu vou estar aqui à tua espera. - gritei um pouco mais calmo. Sentei-me no chão à espera que ela saísse.

Engoli em seco. Eu não podia fazer nada, ainda se estivesse no andar de baixo saia pela janela, mas aqui era impossível fazê-lo.

Estive calado por uns momentos a beber pela garrafa até que comecei a ficar impaciente - Vais sair ou não? - perguntei dando fortes murros na porta - Já estou a perder a paciência. - avisei.

Aproximei-me da porta, pondo a mão na chave. Respirei fundo antes de abri a porta, e dei a volta a chave, sem abrir a porta.

Sorri vitorioso quando ouvi a chave rodar na porta. Levantei-me tentando manter-me direito e abri-a com força - Porque fugiste de mim? - perguntei terrivelmente irritado.

Levei a minha mão ao meu braço depois de a porta embater no mesmo. - Eu...eu... eu... - não conseguia dizer nada, estava totalmente cheia de medo dele.

-Tu o qué, hãn? - dei um murro na parede tentando controlar-me para não causar mais danos - Tens medo de mim, é? - interroguei apesar de já saber a resposta.

Baixei o olhar voltando depois a olhar para ele. - Não...não... me... batas. - pedi, afastando-me um pouco dele.

-Não te vou bater. - revirei os olhos e olhei-a, furioso - A minha filha não merece pagar pelas coisas que a mãe faz. - afastei-me da porta olhando-a completamente enojado - Amanhã quando acordares já não vou estar cá. - informei e fui para o quarto deixando-a sozinha.

- Eu não fiz nada! - defendi-me. - Eu tinha quinze anos... - murmurei já quando ele tinha ido embora. Não tinha percebi o porque da sua reacção, eu tinha-o desculpado por tanta coisa e era isto que recebia em troca, ou seja, eu confiava nele mas parece que ele não confiava em mim. Saí da casa de banho e fui para o quarto de hóspedes.

Fui para a casa de banho e tranquei a porta assim que lá cheguei. Tirei o saquinho do armário e despi a minha roupa vestindo a lingerie azul . Abri a caixa dos preservativos de morango e coloquei um entre o soutien e a minha mama. Vesti ainda um o meu roupão que era raro andar com ele vestido. Arrumei a minha roupa e destranquei a porta indo ter com Matt.