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 "The war" - derekzinho wood aka beazinha

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Derek Wood
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Derek Wood


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MensagemAssunto: "The war" - derekzinho wood aka beazinha   "The war" - derekzinho wood aka beazinha EmptyQui 23 Ago 2012 - 15:03

Londres, 1914

Abri os olhos repentinamente quando senti uma dor forte na barriga e uma má disposição tomar conta de mim. Oh não, vai acontecer outra vez. Desviei os lençóis e meti grande parte do meu corpo fora da cama de modo a não sujar os lençóis lavados que tinha posto nesta na noite anterior. Depois de vomitar todo o jantar do dia anterior levantei-me da cama com cuidado para não pisar o vomitado e fui à cozinha em biquinhos de pés buscar um pano e um balde de água. Ajoelhei-me no chão e esfreguei-o até já não haver qualquer vestígio de sujidade. Quando acabei de limpar levei tudo para o seu devido sítio e voltei para o meu quarto olhando-me no espelho e levando a mão à minha barriga.
-Tens mesmo de contar isto a alguém, dentro de pouco tempo vai começar a notar-se. - a minha barriga outrora lisa tomava agora uma forma mais redonda, fruto da minha gravidez de que ninguém tinha conhecimento, nem David. David. Abri muito os olhos e depressa me desembaraçei da minha camisa de dormir já bastante desgastada que em breve me deixaria de servir. Vesti o meu melhor vestido, tal como fazia sempre que me ia encontrar com ele. Este encontro era a oportunidade perfeita para lhe contar que esperava um filho seu. Calcei as minhas botas igualmente velhas como era toda a minha roupa e saí de casa depois de dizer à minha mãe que ia à vila ter com Josie. Ela não sabia dos meus encontros com David e assim descobrisse que eu estava tentaria obrigar-me a casar com ele, coisa que eu queria muito mas que não sabia se ele estava pronto para fazer. Percorri os três quilómetros que separavam a minha pequena e modesta casa do centro da vila sempre no mesmo passo lento. Pelos meus breves cálculos deveria estar agora com quase três meses de gravidez e o cansaço era mais forte de dia para dia.
Avistei o largo da igreja onde tínhamos combinado encontrar-nos a apenas algumas ruas de distância e fiz um esforço para andar mais depressa. Já não via David há mais de duas semanas, ele andava bastante ocupado com o seu trabalho na padaria do tio. Passei por todas as ruas que já tão bem conhecia enquanto rezava para que ninguém conhecido me visse com ele. Esqueci-me de todos estes pensamentos perturbadores assim que avistei a sua figura bem constituída. Ele virou-se na minha direção quase como se tivesse adivinhado que aí vinha. Sorri-lhe e ao contrário do que esperava ele não sorria para mim. Olhei-o com um olhar confuso e cheguei-me mais perto dele, beijando-lhe apenas a bochecha.
-Claire... - a sua voz demonstrava vestígios de tristeza e desolação, não era a mesma a que eu estava habituada.
-O que se passa, meu querido? - elevei a minha mão para acariciar a sua bochecha. A sua mão elevou-se também para afastar a minha de si.
-Eu não posso continuar a fazer isto... a estar contigo. - baixou o olhar. Queria responder-lhe e perguntar-lhe o que se estava a passar mas todo o meu queixo tremia e cada vez que tentava falar tudo o que saía da minha boca eram sons impercetíveis - Deves voltar para casa e esquecer tudo o que aconteceu, tu mereces um homem que possa cuidar de ti da devida maneira. Não um simples padeiro. - a sua voz fez-se ouvir de novo.
-Mas tu sabes que eu te assim como és. - balbuciei já com as lágrimas a escorregarem pela minha face.
-Não Claire, acabou. - ele abanou a cabeça negativamente. Estremeci quando pegou na minha mão e a encostou aos seus lábios que eu já tão bem conhecia - Espero que algum dia me possas perdoar. - antes que pudesse falar ou sequer mexer um músculo virou costas e desapareceu, da mesma maneira rápida e inesperada que tinha aparecido na minha vida. Sentei-me nos degraus e enterrei a cara nas mãos deitando toda a minha tristeza cá para fora.

Londres, 1972


-Avó! Onde estás? - a voz da minha neta entoou pela casa.
-Estou aqui minha querida, no quarto. - falei baixo pois sabia que ela me ouviria. Ouvi os seus passos e virei a cabeça na direção da porta mesmo a tempo de ver a sua figua esbelta surgir.
-Já te disse hoje o quão parecida comigo és? - os mesmos cabelos lisos e sedosos cor de mel, os mesmos olhos verdes encantadores, os mesmos lábios carnudos.
-Já, a avó diz-me isso todos os dias assim que acorda. - puxou um banco e sentou-se ao lado da minha cadeira de baloiço. Na sua mão estava uma carta de aspeto antigo e degradado.
-O que trazes aí? - olhei-a com uma expressão curiosa.
-Chegou uma carta para sim, vem datada de 1914. - o meu coração já fraco acelerou ao ouvir a menção àquela data. O ano em que tudo tinha desabado.
-Podias lê-la para mim, por favor? - sorri-lhe apenas para não a alarmar porque por dentro todo o meu corpo tremia.
-Claro avó. - observei todos os seus movimentos delicados e encostei-me na confortável cadeira olhando-a com muita atenção.

15 de Fevereiro de 1914
Querida Claire,
leu ela. Sei que neste momento as palavras que menos deves querer ler são as minhas. O teu nome, minha querida, está gravado no meu coração e nada do que eu fiz ou disse foi com intenção de te magoar. Se a escolha fosse minha sabes que escolheria ficar contigo para sempre, casar contigo e ver os nossos filhos crescerem saudáveis. Mas infelizmente, as coisas não podem ser dessa maneira. Fui chamado para integrar o exército e terei de partir, não te disse nada pessoalmente porque não queria alarmar-te. Quando terminares de ler esta carta já terei partido para a França onde permanecerei até que todo este tormento acabe. Quando esse dia chegar prometo que serás a primeira pessoa que irei ver. Ficarei contigo para sempre e nunca mais deixarei que te vejas livre de mim, tal como prometemos um ao outro.
Com amor,
David.

Todo este tempo tinha pensado que ele tinha deixado por já não me amar e eu já não representar qualquer interesse para ele.Pela altura em que Ellen acabou de me ler a carta todo o meu corpo parou por completo, tal como tinha acontecido naquele dia fiquei sem qualquer reação. Ellen que era dotada de uma inteligência notável apercebeu-se logo quem tinha escrito a carta e pegou-me na mão para me reconfortar.
-Avó, esta carta foi escrita pelo avô? - assenti como resposta à sua pergunta - O que lhe aconteceu? - apertou a minha mão.
-Ele nunca chegou a voltar. - olhei para a janela observando o jardim plantado por mim mesma e uma lágrima escorregou-me pela face.
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Melissa Forks
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MensagemAssunto: Re: "The war" - derekzinho wood aka beazinha   "The war" - derekzinho wood aka beazinha EmptyQui 23 Ago 2012 - 15:19

OMG!
Eu adorei o.o OMG! Que perfeitinha ^^
Quero mais OS tuas oh o:
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Rae Irons
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MensagemAssunto: Re: "The war" - derekzinho wood aka beazinha   "The war" - derekzinho wood aka beazinha EmptySáb 25 Ago 2012 - 21:33

OMG OMG OMG OMG AIIIIIIIIIIIIII!
COITADINHO DO DAVID!
E DEPOIS O BEBE OU A BEBE DENTRO DA BARRIGA DA CLAIRE, AIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
O MEU CORAÇAOOO
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Derek Wood
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MensagemAssunto: Re: "The war" - derekzinho wood aka beazinha   "The war" - derekzinho wood aka beazinha EmptyDom 26 Ago 2012 - 11:03

OMGGGGGGGGGGGGGGGG OBLIGADA ÀS DUAAAAAAAAAAAAS ^^
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MensagemAssunto: Re: "The war" - derekzinho wood aka beazinha   "The war" - derekzinho wood aka beazinha Empty

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