Quarto de Derek Wood

-Eu não me costumo sentir sozinho - comecei a rir-me - tenho as minhas bolas de basket sempre à mão no quarto. - gozei olhando para a estrada. - E eu tenho que acabar por pensar.

-Aqui tens as bolas de basquete mas tens-me a mim. - levantei um pouco a t-shirt na zona do peito fazendo um ar todo convencido - Mas porquê pensar já? - perguntei retoricamente. Estacionei o carro quando chegámos ao colégio.

-Que também tens bolas - comecei e depois fiz uma careta batendo com a mão na cara, na testa e na zona dos olhos. Que estúpidez Tyler, estás burro ou quê? Respirei fundo olhando para o colégio e saí do carro. - Se não pensar, não sou ninguém - armei-me em filósofo.

-E depois o provocador sou eu, não é? - saí do carro e tranquei-o. Quando ele fez uma cara séria e começou com frases de filósofo não pude deixar de me rir à gargalhada - Peço desculpa, tem muita piada mesmo ver-te a tentar ser inteligente. - ri-me ainda mais.

-Eu. Eu não disse nada de mal - fiz-me de desentendido e revirei os olhos quando ele se começou a rir feito parvo. - Eu sou inteligente, está bem? Por isso é que penso, ao contrário de ti que deves ter os neurónios todos.. puff. - fiz gestos.

-Claro que não, Tyzinho. - limpei as lágrimas que já me escorregavam pela cara abaixo - Olha tu não fales mal dos meus neurónios! - fiz logo um olhar todo ameaçador. Dei-lhe um pequeno empurrão e conduzi-o para o meu quarto.

-Porquê? - perguntei - até queimados eles estão vivos? - ri-me baixinho da minha própria estúpidez que estava cada vez mais grave e atirando-me para o sofá dele,

-Não sejas estúpido. - dei-lhe uma chapada na cabeça e revirei os olhos quando ele se atirou para o meu sofá - Cuidado, podes parti-lo com a tua gordura. - ri-me. Tirei a t-shirt que estava toda amarrotada e as calças de ganga que troquei por uns calções velhos - Queres alguma coisa para vestir? - virei-me para ele.

-Gordura querias tu que eu tivesse - resmunguei agarrando-me a uma almofada. Olhei para trás e vi-o a despir-se. Ai ai ai, já ia ficar outra vez todo parvo. Abanei a cabeça respondendo à sua pergunta - N.N.N.Não.

-Queria que tivesses gordura para quê? - olhei-o com cara de parvo - Depois não te conseguia apalpar como deve ser. - ri-me. Atirei-me para a cama e deitei-me de barriga para baixo - Já te está a dar a parvoíce outra vez?

-Não, apenas apeteceu-me ter resposta para ti. - respondi-lhe fazendo uma cara de como se fosse óbvio. - Apalpavas era de mais - ri-me e virei-me para baixo, no sofá para conseguir vê-lo. - Pfff à la mike, parvoíce? eu? Estás parvo.

-Não, eu gosto de te apalpar assim como és. - mordi o lábio sem que ele me visse a fazê-lo - Eu não sou parvo. - resmunguei - Mas se tu dizes que não estás parvo.... tu lá sabes. - encolhi os ombros e rodei-me muitas vezes na cama até chegar à ponta e quase cair. Quando isso aconteceu voltei a rodar para a posição inicial.

-Estás a provocar-me para eu ir para aí? - perguntei com o queixo em cima das mãos enquanto o olhava a rebolar-se na cama. Levantei-me saltando para cima das costas dele e dei-lhe um beijo na bochecha.

-Eu não estou a provocar ninguém. - respondi-lhe com um sorriso angelical - Autch! - exclamei quando ele saltou para cima de mim. Ri-me ao sentir o seu beijo na minha bochecha e virei-me de barriga para cima agarrando-o nas pernas enquanto o fazia para ele não cair - E agora Tyler? Quem está a provocar? - apoiei os cotovelos na cama para não ficar tão deitado.

Fiz um ar angelical apesar de super atrapalhado e abanei a cabeça.
-Eu não estou a fazer nada. - sorri - tu é que estás semi-nu, e eu estou em cima de mim - fiz uma careta - e nem sequer te estou a provocar - disse encolhendo os ombros quando passei as mãos pelos seus abdominais.

-Se calhar se não me tivesses sujado a roupa toda eu ainda estava vestido. E além disso eu estou no meu quarto. - falei com a voz arrastada e aproximei-me um bocado mais dele - Hum hum, claro que não estás. - mordi o lábio ao sentir as mãos dele nos meus abdominais.

-Eu sujei-te para alguma coisa não é? - ri-me baixinho -Pois não - ri-me baixando a cabeça e beijando levemente o seu pescoço e subindo para os seus lábios

Virei a cara assim que senti os seus lábios subirem pela bochecha a cima e beijei-os intensamente. Tirei os cotevelos da cama e sentei-me direito agarrando e passando-lhe as mãos nas costas de forma a puxá-lo ainda mais para mim.

Subi as mãos dos seus abdominais para o seu peito, do seu peito para o seu cabelo e encostei-o à madeira da cama controlando a respiração que ele me conseguia tirar.

Separei as nossas bocas e pendi ligeiramente a cabeça para trás, deixando que ela se encostasse à parede. Percorri os seus abdominais de cima a baixo várias vezes. Após regular de novo a minha respiração olhei para ele, a sorrir.

Suspirei e sorri levemente quando vi o sorriso dele. Saí de cima dele para rebolar para o seu lado e preocurei por uma almofada. Vi uma no chão e puxei-a para mim agarrando-me a ela e encostei a cabeça ao ombro dele.

Sentei-me melhor na cama e pus-lhe o braço à volta da cintura quando se encostou a mim - Queres dormir? - perguntei-lhe tocando-lhe no lábio inferior com um dedo. Assim, naquela posição ele até parecia um bebé.

-Se também dormires eu durmo - olhei para cima e mordi-lhe o dedo com força mas não a suficiente para o magoar e suspirei sorrindo para ele. Oh sim, eu precisava mesmo muito de pensar.

-Vamos dormir, então. - escorreguei pela cama abaixo e puxei-o comigo chegando o meu corpo para perto do dele - Queres ir para debaixo dos lençós ou assim estás bem? - brinquei com a ponta da t-shirt dele.