Quarto de Derek Wood

-Eu não amuo contigo. - dei-lhe uma carícia na bochecha e levantei-me atrás dele - Amuo com o mundo, fico cheio de raiva e apetece-me espancar tudo e todos. - que sensação mais horrível que era ter ciúmes.

-Não me dês mais murros - resmunguei e virei-me para ele na porta - vou ao meu quarto vestir os meus calções e volto já. - disse saindo a correr para o meu quarto. Vesti os calções e uma t-shirt apenas porque não era premitido andar sem t-shirt dentro do colégio e fui a correr para o dele.

-Só dou se tu fores estúpido. - ri-me dando-lhe uma palmada no rabo quando se virou de costas para mim para se ir embora. Aproveitei enquanto ele estava fora para vestir uns calções de banho e fazer a cama. Como sempre quando ele voltou ainda eu estava em frente ao espelho a arranjar o cabelo.

Nem bati à porta, já sabia o que ele estava a fazer. Revirei os olhos por ter adivinhado e fui-me sentar na cama olhando-o.
-Vais para a água e lá se vai o penteado - avisei-o levando a mão ao cabelo.

-Calma, não precisas de te sentar! - quando olhei já ele estava sentado - Não faz mal, até chegarmos lá vamos andar na rua e ver pessoas e eu tenho que estar sexy. - dei mais um jeitinho e virei-me para ele fazendo sinal com o queixo para se levantar.

Revirei os olhos com a sua explicação e levantei-me quando já estava pronto, só esperava que ele não tivesse a ideia de me pôr a conduzir outra vez. Voltei a mexer no cabelo e saí do quarto para ver se ele se despachava.
-Guias tu não é?

-Sim, não te preocupes com isso agora que eu posso conduzir. - saí do quarto a correr e apenas parei para lhe dar um beijo. Depois de o fazer larguei a correr feito maluquinho para o carro.

Suspirei de alivio mas ele já ia a correr feito doidinho apenas parando para me dar um beijo. Ri-me com a toalha ao meu ombro e os óculos de sol. Parei numa janela e sorri - fogo, eu até que sou mesmo sexy - disse fazendo pose e fui andando com ele até ao carro.

Parei de correr quando cheguei ao carro e destranquei-o. Entrei e vi-me ao espelho olhando para o lado ainda a tempo de ver Tyler a fazer o mesmo que eu. Abri a porta e semicerrei muito os olhosquando ele entrou - Ai de ti que digas outra vez que eu passo muito tempo ao espelho. - ri-me.

Ri-me entrando no carro com ele.
-Eu faço isto raramente, tu não - disse colocanddo uma mão nas mudanças enquanto o olhava.

-Vou começar a tomar atençao ao que tu fazes. - virei a cara para a frente e pus o cinto - Poe o cinto filhinho. - olhei para ele soltando uma gargalhada e depois para a estrada. Liguei o carro e arranquei.

-Porquê? Queres contar quantas vezes me vejo ao espelho? - perguntei brincando com ele e dando-lhe um pequeno empurrãozinho no braço. Coloquei o cinto tal como ele pediu - eu já ia pôr. Nunca arranques sem eu o pôr - pedi ficando mais sério.

-Sim, vou contar e depois chatear-te com isso. - olhei-o de relance e deitei-lhe a lingua de fora - Desculpa Tyzinho eu esqueço-me sempre dessas coisas. - olhei para a estrada mas inclinei-me para o lado para que ele me desse um beijinho na bochecha.

Abanei a cabeça rindo-me - Eu não ando a contar parvo - toquei no ombro fingindo um empurrão quando me deitou a lingua de fora - Não é preciso lembraste- sorri levemente - não me afecta... - disse para o descansar e estiquei-me beijando a sua bochecha.

-Ai ai! - ralhei - Nao me empurres que eu te dou tau tau. - ri-me olhando para ele apenas por alguns segundos e mordendo logo o labio - Ai jesus cristo superstar as coisas que eu te quero fazer. - estiquei uma mao para lhe tocar na perna e continuei a olhar para a estrada passando a lingua pelos labios e deixando que um sorriso maroto aparecesse nestes ultimos.

-Podes dar - fiz um sorriso maroto mordendo o lábio quando ele também o fez. Ai ai.. - estás a conduzir, não te apetece fazer nada - ri-me tentando tirar-lhe ideias da cabeça mas senti logo a mão dele na minha perna. Respirei fundo encostando-me ao banco e olhei de lado para ele.

-Desculpa Tyzinho mas as maos sao umas marotas. - ri-me e apenas o acariciei durante um bocadinho para depois tirar a mao e voltar a po-la no volante tal como aquele chato queria que eu fizesse.

-Ou tu é que és maroto - Mordi o lábio tirando os chinelos e pondo os pés em cima do banco. -Conduz conduz - ri-me da cara dele por não o ter deixado fazer o que ele queria e olhei a estrada.

-Nao me des ordens seu parvalhao. - resmunguei desviando o olhar para ele - Se sujas o meu carro lindo com os teus pes fedurentos mato-te. - ameacei fazendo cara de mau apesar de ter dado uma gargalhada antes.

-Dou sim - disse num tom resmungam - se tu dás eu também posso dar, por isso conduz - apontei para a estrada com um ar sabichão. - Os meus pés não são fedorentos, até os podes lamber.

-Não me mates quando eu fizer isto. - depois de olhar para a estrada e verificar que não vinha ninguém em que eu pudesse bater virei-me para ele de lado e puxei-o pelo colarinho beijando-o até ficar sem ar. Separei o beijo e imitei o seu ar de sabichão voltando a pôr as duas mãos no volante - Pés fedorentos. - ri-me.

Arregalei os olhos quando ele me beijou e tirou as mãos do volante, por isso nem retribui.
-Eu vou matar-te quando me conseguir mexer - disse mexendo os dedos dos pés frenéticamente.