Casa assombrada

Olhei exaltado para os médicos que agora estavam ocupados e dar relatórios à polícia, quando ela disse que não se estava a sentir bem e chamei-os.
-O que é que sentes? O que é que tens? - Perguntei ao mesmo tempo que eles o fizeram e tentavam ver o que ela tinha.

Encolhi.me, apertando o peito e gritando de dor enquanto as lágrimas saiam em cascata.
- O peito - apontei para o meu peito - doi.me o peito - tentei dizer enquanto respirava fundo

Os médicos olharam-me e colocaram a mão no meu peito afastando-me um pouco enquanto tentavam acalma-la. Dei dois passos a trás enquanto tentava ver o que ela tinha e respirei fundo para não voltar para trás e matar aquele filho da.. mãe.

- Não, não - pedi quando os vi afastar Keith e estiquei a mão para tentar alcança-lo - Keith - chamei enquanto me deitavam na maca.
- Ela está em taquicardia, deem.lhe uma ampola de syntocinon - ouvi o paramedico dizer e voltei a chamar por keith enquanto me punham uma mascara de oxigenio

Passei a mão pela testa e respirei fundo quando ela me chamou dando algumas passos em frente tentando que ela me visse.
-Não podes estar tão perto Keith - ralhou comigo uma paramédica que eu conhecia.
-Mas ela... Lucy, calma. - pedi.

Meteram-me dentro da ambulância e eu tentei levantar-me, eu não ia sair dali. não sem ele.
- Larguem-me, larguem-me - disse - não me toquem - gritei e todos pararam. a maquina continuava a apitar freneticamente e a minha respiraçao continuava ofegante mas precisava de tempo afastada das pessoas e aqueles paramedicos estavam so em cima de mim. - Keith - voltei a chamar, sentando-me na maca e pedi para que ele se aproximasse

-Lucy, deita-te já - quase obriguei quando me deram espaço para falar com ela, coloquei-lhe as mãos por cima das pernas e fitei-a - Eu estou aqui, não me vou embora, está bem?

Olhei para ele, ofegante e fiquei na mesma posição, pousando as mãos em cima das suas.
- Eu não quero ir para o hospital - disse, recomeçando a chorar - keith, nao te vas embora - pedi e a ambulancia começaram a andaram a volta - eu amo...eu... amo-te - sussurrei e acabei por desmaiar

-Eu não vou embora - disse-lhe mais uma vez e vi que ela não estava nada bem, olhei para Carmen, a paramédica que conhecia e ela avançou. Arregalei os olhos quando ela disse que me amava, mas nem tive tempo de reacção porque ela desmaiou logo, fazendo com que Carmen me afastasse novamente. Pestanejei durante algum tempo e afastei-me, um homem fez-me sentar, porque pelos vistos tinha uma ferida no ombro e ele queria vê-lo, mas eu não deixei e pu-lo a andar dali para fora.

*****

Tinha desafiado Math para uma ida a casa assombra mais perto. Com algumas provocações o fiz vir ter comigo, e também com algum jeitinho. Era para estarmos a frente da casa onde íamos entrar por volta das 14 horas e 30 minutos. Comi picanha a hora do almoço com alguns amigos que tinha feito e foi andando até a casa. Levava vestido umas calças de ganga escuras, uma camisola larga e branca e uns saltos altos para ajudaram a corre ou cair.

Roupa:

Quando cheguei me encostei ao murro da casa a espera, tinha chegado um pouco cedo eram 14 horas 10 minutos. Suspirei, pensava que a caminhada ia durar mais tempo agartei no mp4 e comecei a ouvir musica.

Nami tinha me desafiado a irmos a casa assombrada,não acreditava em fantasmas e seria bom vê-la gritar de medo depois de tirar tanta "onda",peguei uma camisa de manga comprida,uma jeans e meu boné aba reta e fui até lá.Chegando vi Nami encostada em um muro da casa ouvindo música,cheguei de mansinho e dei-lhe o primeiro susto do dia gritanto "BUU",fazendo a gritar e logo comecei a rir---E ai tudo ok?---perguntei com um sorriso.

- PARVO! - Gritei dando-lhe um soco no peito. - Sim, esta tudo mais que ok. - Um brilho maldoso e brincalhão apareceu nos meus olhos. - Vamos entrando?

---Vamos---disse a ela e esperei ela tirar os fones e ir andando.Entramos escondidos na casa mesmo sendo abandonada não se entrava pela porta da frente,chegamos na frente da porta,apenas tinhamos passado pelo muro,---Quem entra primeiro---perguntei a ela com uma voz de tédio.

- Eu, medricas. - Disse com um sorriso a agarrando na maçaneta. - AIIII! - Comecei a abanar como se estivesse doendo, então olhei para a expressão dele e comecei a rir com a cara de preocupado que tinha. - Devias... ver... a... tua... cara!

---Quer me matar de susto garota!---gritei com ela com uma cara séria e depois comecei a rir também,entramos mas não sabia como e por que a porta estava aberta mas entramos,a casa estava escura,com teias de aranha por todos os lados,poeira aos montes---Muito bonito este local---falei para ela olhando-a.

- Até parece uma casa abandonada e muito suja! Não a devem limpar a uns bons anitos. - Brinquei um pouco dando-lhe um leve sorriso. - Mas dá para ver que em tempos foi uma bela casa se não fosse o incêndio... - Ouviu-se uma porta a bater no andar de cima.

Assim que a porta bateu nós paramos de andar um pouco,a olhei e ela estava com uma cara de assustada hilária,comecei a rir mas logo me controlei---Já esta com medo?---perguntei a ela me segurando para não rir e me encostando em uma parede próxima.

- Não! - Respondi rápido de mais. - Só não me agrada la muito aquela aranha ali! - Apontei para um ninho de arranha mesmo ao lado dele. - Já agora estão 4 no teu ombro.

Admito que me assustei quando vi as aranhans,dei um tapa que serviu para afastá-las de mim,me desencostei da parede e fui até ela---Vai querer subir?---perguntei a ela com uma voz de persuação,esperei ela responder e fui olhando algumas coisas da casa.

Tentava com todas as forças não me rir e ao mesmo tempo não sentir nojo do ninho de aranhas.

- Simmmm.... Clarooo - Disse olhando varias vezes para a parte de cima onde desta vez se ouviu um janela a bater. - Vais na frente... Só para se houver alguma armadilha seres tu a morrer primeiro.

Ri-me com o seu comentário,e fui andando na frente e chegamos na escada,comecei a subir devagar e Nami estava logo atrás de mim.Chegamos até o segunda andar,não avia nada de especial comparado ao primeiro---E agora Sherlock?---perguntei a ela sorrindo.

- Acho que o assassino deve ter ido por ali. - Disse em forma de gozo e fazendo que colocava um lupa das antigas no olho. - O barulho parece vir de la, mas eu acho que devíamos ir pelo outro lado

Ri-me mais uma vez---Ow,pensei que não estivesse com medo---disse sorrindo e me segurando para não rir,e comecei a andar para o quarto onde a porta tinha batido e chamei Nami,que estava parada em frente a escada,para me acompanhar com um gesto de mão.

- Eu não tenho medo! Só não me dou lá muito bem com espíritos a gritarem por ajuda quando não posso fazer nada por eles. - Comentei seguindo e agarrando na camisola dele com uma das mãos. - Se tu gritares eu morro.

Ela veio até mim e entramos devagar no quarto,não parecia ter acontecido nada lá de diferente---Tem certeza que foi nesse quarto?---perguntei a ela com um rosto interrogatiovo,enquanto esperava a resposta,passei meu dedo devagar em suas costas para ela pensar que fosse uma aranha,e como eu previ,ela tomou-le um susto e eu me acabei de rir.