Quarto de Drew Larkins

Acordei com ela encostada as minhas costas, encaixando-me perfeitamente no meu corpo. Suspirei e levantei-me, indo até a casa de banho onde tomei um banho e me vesti.

Acordei com alguma luz solar a invadir todo o quarto. Abri os olhos devagarinho e olhei para o lado não vendo Drew. Ergui uma sobrancelha mas depois ouvi o correr da água e percebi que estava no banho. Suspirei levemente e levantei-me, começando a vestir-me.

Sai da casa de banho apenas em toalha de banho e vi-a já vestida - vais já embora ? - perguntei, indo buscar uns boxers para vestir

Aproveitei para lhe fazer a cama depois de estar completamente pronta. Vi-o entrar no quarto só em toalha e suspirei ao olhar para o seu corpo.- depende, se continuares sem falar comigo...- murmurei.- Drew, diz-me o que se passa, estás estranho, não vais dizer que é mentira, porque nota-se.- olhei-o.- eu amo-te, fala comigo.- pedi.

- Não é nada, é impressão tua - encolhi os ombros - eu sei que me amas, eu tambem te amo - vesti os boxers - nao precisavas de ter feito a cama mas obrigada

Suspirei derrotada e baixei o olhar para os meus pés.
- Tudo bem Drew...quando quiseres ou quando tiveres algo para me dizer, eu vou estar aqui, sempre.- engoli em seco e encolhi os ombros.- não tem problema.- desvalorizei.- o que vais fazer hoje?

- Nao tenho nada programado para fazer hoje - encolhi os ombros - porque ? queres fazer alguma coisa ou assim ? - perguntei, elevando a sua cara do chao

Olhei os seus olhos quando ergueu a minha face e encolhi ligeiramente os ombros.
- Se quiseres estar comigo.- murmurei.- se não eu posso sempre ir embora, se preferires.- mordi o lábio.

- eu nunca te mandei embora, pois nao ? nem disse que nao queria estar contigo, pois nao? - perguntei - se nao te quisesse ca, nem te tinha deixado dormir cá - encolhi os ombros

Apenas assenti. Tinha chegado à conclusão de que não valia de nada insistir, ele iria sempre negar.- desculpa.- murmurei baixinho e sentei-me na pontinha da cama, com um suspiro.

- nao precisas de pedir desculpa jullie - encolhi os ombros e fui vestir uns calçoes de praia e vesti uma t-shirt de alças - vou a praia, queres ir ? - perguntei, olhando-a

Assenti e levantei-me.
- Quero, mas deixa-me só ir até ao meu quarto vestir o meu biquini.- pedi.- eu depois venho cá ter.- murmurei. Olhei-o e depois segui até à porta.- eu...eu já volto.

- está bem princesa - disse, indo buscar uma mochila para guardar as coisas da praia - nao te demores, ainda quero ir comer - pedi

Assenti e abri a porta, saindo. Eu estava confusa, confusa, desiludida e triste. Triste por ele não confiar em mim. Engoli em seco enquanto percorria todos aqueles corredores até chegar à porta do meu quarto. Abri-a e entrei, aproveitando que ali estava para tomar um duche. Sequei o corpo e vesti um biquini juntamente com um simples vestido. Fiz uma trança que me caía sobre o ombro e depois de ter todas as coisas necessárias, saí voltando para o seu quarto.
- Posso? - perguntei espreitando, depois de ter batido à porta.

- Sim, entra - disse, pondo o protector na mochila. Sim, era gajo mas usava protector, qual era o problema ? - Já estou despachado, podemos ir - pus a mochila as costas e aproximei-me, beijando a sua cabeça

Entrei assim que ele disse que eu podia e deixei-me ficar encostada à porta enquanto esperava que ele se despachasse.
- Sim, vamos.- murmurei.

Saí do colégio e lavada em lágrimas, corri até à praia. Precisava de pensar e precisava da tranquilidade que o mar me transmitia. Descalcei-me assim que lá cheguei e fui caminhando pelo areal enquanto pensava em tudo o que me acontecia. Eu amava-o, é certo, mas...o passado dele...e a incapacidade que ele tinha em deixá-lo para trás...Eu precisava de me sentir segura, eu precisava de saber que confiavam em mim, eu precisava disso. Passei as costas das mãos pelas bochechas e respirei fundo. Eu não podia alimentar as esperanças de ninguém e não podia, sobretudo, alimentar uma relação que sabia não ter futuro. Fiquei apenas durante alguns minutos a olhar o mar e depois, levantei-me, sacudindo a areia da roupa e calçando-me de novo. Funguei, passando novamente as mãos pela cara e voltei pelo colégio, indo até ao quarto dele. Sabia que não ia lá estar, provavelmente andava à minha procura. Retirei a chave suplente que tinha debaixo do tapete e abri a porta, entrando. Olhei em volta, constatando que ele não estava mesmo lá e fui até à sua secretária, arranjando um papel e uma caneta. Sentei-me na cadeira e respirei fundo.