Quarto de Will Grant

Fechei os olhos com força e comecei a respirar fundo. Continuei agarrada a ele mesmo quando as lágrimas deixaram de escorrer pelas minhas bochechas. - O que é que se passa com a minha família? - perguntei baixinho.

Apertei-a contra o meu peito e dei-lhe beijos na cabeça.
-Está tudo bem pequenina - suspirei - estás comigo e ela está bem, ela está a falar contigo não está? - Perguntei mas a verdade é que também estava preocupado.

Apertei a camisola dele com mais força. - Obrigada por estares comigo. - sorri ligeiramente e olhei para cima para os olhos dele.

-Não agradeças - sorri suspirando - mas também não te preocupes mais, que não é preciso sim? - Perguntei dando-lhe um beijo. - Queres pensar nos meus problemas? - Ri levemente.

Engoli em seco e de seguida sorri-lhe já mais calma. - Não me preocupo mais. - puxei-o pela camisola - Que problemas Will?

Suspirei dando-lhe uma festinha na face.
-Calma, não é nada de grave - encolhi os ombros - lembraste de eu dizer que o meu pai não era meu pai?

-Lembro-me. - sentei-me à chinês na cama e mesmo assim não o larguei -Deixaste-me toda baralhada...

-Não é preciso ficares baralhada. - voltei a encolher os ombros e puxei os meus cobertores com um suspiro sentindo-me a ficar desanimado novamente.- A minha mãe pouco tempo depois de termos ido para Los Angeles fez questão de trair o meu pai com o mesmo homem duas vezes, e que por acaso esse homem é meu pai. - disse só para ela não dizer que não falava sobre a minha vida e não acrescentando mais nada.

Fiquei alguns segundos sem saber o que dizer. - Omg... - disse baixinho. Voltei a entrar para a cama e deite-me abraçando-o - E sabes quem é o teu pai? O verdadeiro? Conhece-lo?

-Não - engoli em seco - estava a comer a filha do meu treinador desse dia. Ainda bem e... - parei tentando continuar - depois disso, ele desapareceu e tentei arrancar tudo da minha mãe, mas ela não me diz nada.

Cheguei-me mais para perto dele e fiquei a olhar para aqueles olhos azuis - Mas queres saber quem ele é não é? O teu padrasto não sabe? - perguntei pensado em outras hipóteses.

Padrasto... Era estranho ela dizer aquilo enquanto eu ainda lhe chamava de pai.
-Nem consigo falar com ele ash, ele mal soube que eu não era filho dele em vez de vir ter comigo e dizer que... - parei para pensar - sei lá! dizer qualquer coisa, não afastou-se e agora que teve oportunidade mandou-me para aqui.

Fiz-lhe festinhas na bochecha - Foi um choque para ele... mas não devia ter feito o que fez... - suspirei -Porque é que a tua mãe nao te diz quem é o teu pai?

Encolhi os ombros sentando-me frente a frente com ela e deixando-me cair nos braços dela.
-Não sei - suspirei abraçando-a com força. - Um dia eu hei-de encontra-lo - murmurei.

Abracei-o com força e comecei a fazer-lhe festas no cabelo. -Claro que vais. Tu tens o direito de saber quem é o teu pai. - voltei a suspirar e dei-lhe um beijinho na testa.

Voltei a cair na cama com as cobertas todas por cima de mim e fechei os olhos respirando fundo. - Nem me quero lembrar da cara da Marie quando descobriu tudo. - abanei a cabeça desviando aquele assunto da minha cabeça - Não era para me alongar tanto sobre isto - resmunguei.

-Oh... podes falar comigo sobre tudo... - sorri-lhe. -Podes dizer-me para ir puxar os cabelos à tua mãe... - voltei a sorrir -Podes puxar-me os cabelos...

-Não te quero em confusões com a minha mãe - ri-me - hmm, gosto mais desse ideia - ri-me abanando o seu cabelo e massajando-lhe a cabeça enquanto beijava o seu pescoço.

Dei uma gargalhada -Eu sou boa em lutas de raparigas. A tua mão não me conseguia vencer e ela é que ia estar em problemas. - sorri e fechei os olhos por uns segundos. -Isso sabe bem.

Desci as mãos para o seu pescoço enquanto descia também os lábios para a sua clavícula.
-Sabe não sabe? - ri-me dando-lhe pequeno beijos, feliz por ela se estar a abstrair da preocupação que sentia pela irmã.

Voltei a sorrir -Sabe.
Dei uma gargalhada -E agora estou a ficar com calor. Deve ser do aquecedor que ligas-te. - disse rindo.

-Desculpa, mas duvido - ri-me - acho que sou apenas eu que te faço calores. - brinquei mordendo o seu peito até ao seu decote e descendo as massagens até às suas curvas.

Voltei a rir -Lá está o realista do Will. - abanei-me com a mão direita - A sério... estou cheia de calor. - ri.

Estiquei-me desligando o aquecedor e ri-me.
-Eu sou muito realista e só digo verdades - sorri beijando-a calmamente deitando-me e puxando-a para perto de mim. - amo-te - murmurei perto do seu ouvido.

Ri-me -És um menino muito bem comportado. - gozei.
Deixei-me ficar perto dele e sorri -Eu também te amo Will. Meu chato. - sorri.