Quarto de Madeliene Hunts

- Não me queres matar ? - perguntei, encostando a testa a sua cabeça - ao menos morro feliz - suspirei, sentindo calor demasiado calor ao mesmo tempo que suava. O seu toque era quente também, será que estava assim tão quente ou estava frio e apenas tinha calor ?

- Não, claro que não. - murmurei com a voz tremida. - Mas se é isso que queres... - murmurei ainda mais baixo. Aproximei os meus lábios dos seus e beijei-o com cuidado, sem conseguir parar de chorar.

Fechei os olhos quando senti os seus lábios junto dos meus e tentei corresponder mas com a pouca força que tinha apenas os conseguia manter encostados - não chores maddy - pedi quando senti as suas lágrimas descerem pelo meu rosto ou seria o meu suor? abri os olhos e verifiquei que era ela que chorava e as suas lágrimas misturavam-se com o meu suor. - maddy tu sabes que és muito especial - obriguei a minha mão subir até à sua cara para a acariciar e consequentemente limpar as lágrimas - mas não te prendas a mim, eu não vou durar muito mais. - murmurei, deixando o braço cair e respirando com dificuldade enquanto uma dor aguda percorria todos os meus ossos, fazendo arquear-me de dores e soltar um grito de dor que apesar de tudo deve ter saído quase inaudível.

Não conseguia parar de chorar por ter tanto medo. Só o medo de o ter longe de mim era um motivo para chorar quando mais de o perder para sempre isso não podia mesmo acontecer. Ainda por cima ele não queria ir ao hospital e eu ainda não sabia como cura-lo. - Eu não te vou deixar morrer, prometo. - murmurei decidida. - Eu amo-te, sou incapaz de o fazer... - murmurei mais baixo e levantando-me de seguida, depois de lhe dar um beijo na testa e começando a ter uma ideia, era a única esperança que eu tinha. Revirei o quarto todo à procura do meu telemóvel e depois de algum tempo encontrei de baixo de uma camisola minha. Marquei nervosamente e com as mãos a tremer o número do consultório da minha mãe, deixando o telemóvel chamar até alguém atender.

Ela saiu de ao pé de mim e eu deixei cair a cabeça na almofada, fechando os olhos com força devido às dores - maddy, anda para aqui - pedi, esticando o braço para ela. - maddy - chamei inaudivelmente e caindo num estado insconciente enquanto a febre subia

Voltei para perto dele, mas ele tinha acabado de perder a consciencia! E agora não sabia o que havia de fazer. Deixei-me ficar a mexer no seu rosto suado enquanto esperava que a minha mãe atendesse o telefone e assim que o fez nem a deixei falar. - Mãe, eu preciso de ajuda. - murmurei com a voz tremida. - Diz, Madeleiene. - pedi do outro lado do telemóvel. - Eu tenho um amigo cheio de febre à dois dias e e sua imenso, já lhe dei comprimidos mas não estão a baixar nada. O que posso fazer? - perguntei. - Eu não sei, isso pode ser de muitas coisas, tens de trazer cá. - pediu, e assim que ela disse isto eu olhei para ele que continuava no mesmo estado. - Ele acabou de desmaiar... - informei-a. - Dá-lhe vitaminas e vem o mais rápido que conseguires, preciso de lhe fazer exames para ver o que lhe posso dar. - informou-me. - Okay, estou ai hoje à noite, pode ser? - perguntei. - Sim, filha. Vem ter comigo à clinica assim que puderes ou se o prefires fazer em casa. - murmurou. - Okay mãe, até logo. - desliguei o telemóvel e fui até ao armário one tinha as minhas coisas e por sorte tinha as vitaminas, mas antes disso fui ao meu computador comprar dois bilhetes para Inglaterra. Voltei para junto dele com as vitaminas e abri ligeiramente a sua boca colocando lá uma pequena quantidade do líquido. - Bebe, por favor- murmurei mesmo sabendo provavelmente ele não me ouvia.

Senti algo na boca e engoli-a porque assim uma voz me dizia - não me deixes - agarrei num braço, segurando-o - não faças como ela, não me deixes por favor - virei-me na cama com a respiração ofegante e sentindo calor, muito mesmo. - maddy, maddy nao te vas embora, eu amo-te nao vas - mexia-me freneticamente na cama a procura dela e do seu toque.

Segurei o braço dele e continuei a dar-lhe as vitaminas como a minha mãe me tinha mandando. - Eu não te deixo, prometo. - informei-o dando-lhe mais um beijo na sua testa. Fiquei confusa quando ele me falou noutra, que não fazia a mínima ideia de quem era, ou tinha sido. À minha expressão confusa juntou-se uma de surpresa ao ouvir o que ele tinha dito, não estava nada à espera, mas não disse nada. - Preciso que venhas comigo para Inglaterra. - informei-o passando a minha mão pelo seu rosto.

suspirei quando senti o toque da sua mão sobre o meu rosto e agarrei-a para que ela não se afastasse - eu só te quero comigo, não me deixes pff, nao faças como ela - agarrei-me ao seu braço como se a minha vida dependesse disso - eu vou para onde quiseres desde que fiques comigo, pff maddy nao me deixes

Limpei-lhe mais uma vez a sua cara porque estava cheia de suor, com a toalha molhada. - Eu não te deixo, Damon, prometo. - beijei mais uma vez a sua testa. - Vou só ao teu quarto buscar-te alguma roupa, não saias daqui, okay? - pedi ainda sentada na cama a seu lado.

- não, nao saias, nao vas embora - agarrei-a com força - se tu saires ja nao voltas e deixas.me sozinho. promete que nao me deixas. pff pff maddy - olhei-a com os olhos esbugalhados apesar de só ver enevoado a minha frente. juntei a outra mao ao seu braço para a segurar mas elas continuavam a escorregar por continuar a suar muito mesmo.

Olhei-o nos olhos e deixei-o agarrar o meu braço.- Damon, ouve. - pedi passando novamente a minha mão pelo seu rosto, mais uma vez. - Eu vou só ao teu quarto buscar-te algumas roupas, eu vou voltar e vou levar-te comigo para Inglaterra, eu não te vou deixar. Nunca.

- maddy pff - pedi com os olhos marejados de lagrimas - nao te afastes, nao vas embora - pedi, a entrar em panico e puxei-a para mim. Estava a fazer figura de parvo mas a febre nao me deixava controlar as emoçoes ou sequer o que dizia.

Reparei que ele chorava e limpei as suas lágrimas. Custava-me deixa-lo sozinho, mas tinha de ir, porque tinha de ir com ele ainda hoje para Inglaterra. - Eu v-o-l-to. - soletrei afastando-me dele e fui até à porta. - Volto já. - murmurei rapidamente e sai correndo para o quarto dele.

- Maddy não - gritei, esticando os braços para a tentar alcançar mas ela parecia estar a quilometros de distancia e cada vez se afastava mais - maddy - cai na cama, deitando-me na almofada - maddy

Voltei rapidamente com algumas roupas dentro de um saco de desporto que mais tarde colocava tudo dentro da minha mala grande. - Estou aqui. - murmurei aproximando-me dele e beijando a sua testa, mais uma vez. E estava cada vez mais quente.

- maddy, maddy - murmurei nao conseguindo sequer levantar a cabeça - foi.se, deixou.me. maddy - olhei em volta apesar de nao ver nada - ela deixou.me

Aproximei-me e passei mais uma vez a toalha pela sua testa. - Eu estou aqui, Damon. - murmurei mexendo depois nos seus cabelos, apesar de estarem suados, não me importei com isso e continuei a mexer.

- ela deixou-me, ela prometeu que não o fazia - enterrei a cara na almofada - está a acontecer o mesmo, eu vou perde-la

Colocei a minha mão no seu queixo e fiz com que ele me olhasse. - Eu prometi e estou aqui, Damon. - murmurei sem ter a certeza se ele falava de mim ou não, mas achava que sim. - Eu sou a Maddy. - murmurei porque era assim que ele me chamava.

- maddy, maddy - suspirei o seu nome e o meu corpo relaxou - inglaterra, porque inglaterra ? inglaterra não

- Os meus pais tem uma clinica lá, mas eu vou contigo, não te vou deixar. - tranquilizei-o mexendo no seu rosto. - Vou só arrumar as coisas dentro da mala, esotu ali ao fundo. - informei-o, apesar de o quarto não ser muito grande.

- maddy - murmurei com voz chorosa e a dor trespassou todo o meu corpo fazendo-me gritar de dor e arquear o meu corpo

Engoli em seco quando ouvi tudo o que vinha da parte dele, mas quanto mais rápido fizesse isto, mais rápido iamos embora. Coloquei toda a roupa dele dentro da minha mala e algumas minhas e aproveitei para trocar de roupa. Aproximei-me dele com uma camisa sua nas mãos. - Damon, levanta-te e veste isto, para irmos embora. - pedi, dando-lhe a mão para o puxar para cima.

Deixei cair a cabeça em cima de alguém quando me elevou e sorri - mãe - acariciei o seu rosto - voltaste - abracei-a e suspirei contra o seu pescoço - vieste tomar conta de mim ? diz que sim - pedi - eu preciso tanto de ti