Quarto de Eleanor Walker

Olhei para ela e dei-lhe a mão - Não sei, eu queria ir passear agarrado a ti não tinha nenhum sitio em mente.

-Então vamos.... Ao jardim! - foi a primeira coisa que me veio à cabeça e não me parecia assim ser um sítio tão mau. Pelo contrário, para mim era bastante agradável.

- Está bem, mas fora do colégio que estou farto de cá estar. - fiz uma careta e dei-lhe um beijo.

-Coitadinho do meu amor, sente-se preso. - peguei na mala e saí com ele do quarto em direção ao jardim.

Depois de algumas voltas de carro com o homem e de muitas tentativas da parte dele para eu me despir e ser divertida segundo as palavras dele consegui convencê-lo a deixar-me no colégio em troca de um bocado de droga. Dei-lhe só um bocadinho como combinado e fui para o meu quarto. Nem me preocupei em abrir as janelas para sair o cheiro. Tirei a droga que tinha escondida e pu-la junto da que tinha acabado de comprar. Deitei-me na cama e enrolei um charro, fumando-o de seguida.

Suspirei e parei à porta dela. Respirei fundo e bati à porta, fazendo uma careta ao sentir o cheiro que vinha lá dentro. Ela não tinha feito aquilo.

No dia seguinte acordei com um cigarro na mão meio aceso, meio apagado. Acabei de o fumar e apressei-me a esconder os que me restavam e a deitar os saquinhos onde estavam os comprimidos, agora vazios para o lixo quando bateram à porta. Não valia de nada porque estava um cheiro horrível mas se fosse alguém que não estivesse habituado a consumir provavelmente não o reconheceria. Nem me importei com o facto de estar quase nua e fui abrir a porta estacando por completo ao ver quem era.

- Tu estás a gozar comigo não estás Ellie? - entrei pelo quarto a dentro e tranquei a porta - Depois das merdas todas foste comprar droga?!

-Tu é que deves estar a gozar comigo. - estava tão calma como nunca me tinha sentido antes - Dizes que já não me queres e depois apareces aqui e trancas-te no quarto comigo. - olhei para a porta.

- Queria-te fora daquela prisão. E tu já devias ter percebido no que é que essas merdas iam dar! - agarrei no braço dela - Dá-me as merdas que compraste Ellie. Já.

-"Quero-te fora da minha vida". - imitei a voz dele com um ar de gozo - Não me parece que vivas na prisão. - revirei os olhos - E larga-me, já não és o meu namorado por isso não podes agarrar-me. E não te vou dar nada. - fiz força para que ele me soltasse.

- como queiras Ellie, mas eu desde o principio que te disse que não era o melhor para ti. - lembrei-a - Eu vou embora e largo-te assim que te tirar as coisas todas. Ou mas dás a bem ou ponho este quarto de pantanas à procura delas. Tu escolhes.

-Podes fazer o que quiseres. - consegui soltar-me do seu braço e fui deitar-me na cama de barriga para baixo, numa pose toda sexy - Podes procurar à vontade nunca vais encontrar nada. - tinha os cigarros escondidos dentro do meu sutiã e nem morta o ia deixar tocar-me.

- Ellie! - gritei irritado. Fui até la e peguei-lhe pelo braço. Levantei-a de novo e dei-lhe um beijo enquanto passava as mãos por todo o seu corpo e a mantinha contra mim.

-Larga-me porco! - mordi-lhe a língua com força e dei-lhe um empurrão para que ele saísse de perto de mim - Nunca mais me toques, percebeste? - olhei para o meu corpo quase nu.

- Percebi. - tirei as coisas de dentro do sutiã dela e atirei-as pela janela - Esse é o sitio mais previsivel de sempre. E eu conheço o teu corpo. - afastei-me dela - Agora sim posso ir embora.

Fiquei extremamente irritada quando fez exatamente o contrário do que eu lhe tinha dito e meteu as mãos dentro do meu sutiã para me tirar as drogas - Parece que é a única coisa que conheces em mim, porque se me conhecesses bem sabia que não é por me tirares as drogas que eu não vou arranjar mais. - sorri cinicamente deitando-me na mesma posição em que estava antes de ele me beijar.

- Oh eu sei isso. - disse olhando-a - Por isso é que vou sair daqui e vou falar com o teu irmão. Contar-lhe as merdas em que andas metida.

-Nem te atrevas a fazer uma coisa dessas! - saltei da cama e pus-me em frente a ele - E quem achas em que ele vai acreditar? O que achas que ele vai fazer quando eu lhe disser que tu me apalpaste quando eu não queria?

- O que é que achas que ele vai fazer quando lhe disser que eu fui preso por causa de drogas e te mandei embora para te proteger e tu andaste a comprar drogas? - olhei para ela com uma cara séria - É só trancar-te aqui e chamá-lo para ver com os próprios olhos as merdas que andaste a fazer.

-Não me vais trancar aqui porque eu vou começar a gritar e vou contar à primeira pessoa que aparecer que me tentaste tocar. E depois vais mesmo preso, e não vai ser só por uma noite. - passei as mãos em volta do corpo dele para lhe tirar as chaves da mão.

Atirei as chaves pela janela antes dela mas tirar. - Resolvido. E chama. - estendi-lhe o telemóvel dela - Liga à policia e conta essa história. Porque só assim é que me vais ter longe de ti e sem te proteger. Liga. - repeti.

Dei um encontrão com a mão na merda do telemóvel e ele caiu no chão com violência - És um estúpido! Otário! Anormal! Cabrão! - gritei - Odeio-te não percebes? ODEIO-TE! - bati-lhe no peito com força.

Fiquei queito enquanto ela me batia no peito e pousei as mãos no fundo das costas dela, deixando-a chamar-me os nomes e bater-me o quanto quisesse.

Continuei aos gritos com ele e a bater-lhe até já não ter forças para mais. Afastei-o bruscamente e sentei-me na cama a chorar. Solucei e deixei-me cair para trás - Vai-te embora! - gritei.