Quarto de Keith Grant

Acordei num quarto completamente desconhecido e doia-me bastante a cabeça.
- Ai o que aconteceu ? - perguntei, agarrando-me à cabeça e às costelas que me doiam - onde é que eu estou ?

Estava a brincar com um cubo de rubik que tinha roubado da crominha da minha irmã e virei-me no cadeirão preto olhando para ela, quando ouvi uma voz.
-Caiste aos meus pés, como normalmente acontece com elas. - Ri-me e levantei-me pousando o cubo. - E estás no meu quarto.

- Deves pensar que és muito bom - revirei os olhos e preparei-me para me levantar - Não sou como as raparigas que ficam logo derretidas e apaixonadas, até nem as percebo tu és um parvo bruto einsensivel

-Nunca te disse como eram as outras e também não disse que eras igual a elas - ri-me - Ui, sou insensivel - revirei os olhos e fui de novo para o sofá preto sentar-me nele.

- Sim, insensivel ou és assim tão burro que nem sabes o que isso é ? - perguntei friamente e procurei pelo telemovel mas reparei que me tinha esquecido dele no quarto.

-Não sou insensível e não sou burro - sorri-lhe cinicamente, pela segunda vez naquele dia - E o que é que acabou de se passar, porque é que desmaiaste? - Perguntei para ver se não me irritava.

- Acontece que eu levei um tareão à uma semana que me fez ficar em coma durante uma semana e hoje fugi do hospital deve ter sido por isso - disse friamente e tentei reencontrar o meu equilibrio

Levantei-me e olhei-a.
-Ok, eu posso ser tudo, mas tu és maluca. Fugiste do hospital? - Perguntei e não deixei que se levantasse - sozinha?

- Sim, fugi do hospital e claro que foi sozinha - encolhi os ombros - ou achas que eu estava toda negra porque ? Porque andei a brincar e olha, cai - revirei os olhos - Importas-te de me deixares levantar ?

-Podias ter sido atropelada - revirei os olhos - eu já fui e fiquei assim - resmunguei e voltei a fazer com que se deitasse - Consegues fugir do hospital mas não consegues fugir de mim. - avisei-a - Ainda desmaias outra vez. Ficas aqui.

- Mas não, não fui atropelada levei mesmo um tareão - bufei impaciente e voltei a sentar-me - Não desmaio nada, eu estou bem - voltei a dizer - E não és meu pai para me obrigares a ficar aqui, nunca tive pai não é agora que vou ter um

-Fogo miúda, cala-te - reclamei e deitei-a - Fica aí até ficares melhor, não te vou deixar sair do quarto assim. - fui até à porta tranquei-a e tirei a chave com um sorriso colocando-a no meu bolso.

- Mas eu já estou melhor - bufei impaciente - Já te disseram que és chato ? É que neste momento estás-me a chatear seriamente. Dá-me a chave sff - estiquei a mão para ele pousar a chave na mesma.

-Não dou, não e não estás melhor, aposto que não te aguentas em pé - resmunguei - dás dois passos irritas-te ao falar com um estranho e cais para o lado. - toquei na chave que estava no meu bolso - está descansada que não te violo.

- A parte da violação, era só tentares que podias dizer adeus ao teu amiguinho e depois aposto em como me consigo manter de pé e só desmaiei porque tu me irritaste. Não podias ter aceite a merda do pedido de desculpa ? - perguntei - Custava muito teres dito "na boa" e depois bazavas.

-Custava - resmunguei. - Nem deves ter força para magoar os meus filhos - levei a mão Às minhas calças e sentei-me à frente dela. - Vais-me dizer o teu nome? - Perguntei.

- Olha que para isso tenho sempre força, tal como dar-te uma valente chapada se abusares - avisei-o - chamo-me lucy e tu ? Vais.me dizer o teu nome ou custa muito ?

Encolhi os ombros.
-Coitada, até parece que me conheces para pensares que vou abusar de ti - ri-me irónicamente - custa muito Luxy.

- Epah a sério tu consegues tirar uma pessoa do sério - respirei fundo - e o meu nome é LUCY não é luxy - revirei os olhos - está bem, não me dizes o teu nome, eu chamo-te otário

-Não faz mal, acho que é a primeira coisa que dizes sobre mim e que é certa - ri-me olhando para ela. Tirei as minha sapatilhas e sentei-me em cima da cama.- Eu sei Luxy, mas Luxy chama-se a minha gata.

Revirei os olhos e encolhi as penas para ele se sentar na cama.
- Estás a falar a serio ? Não quero saber se tens uma gata ou não mas é assim eu sou Lucy e não Luxy como a tua gata - revirei os olhos - realmente

Dei uma gargalhada com o que ela dizia.
-A sério, vê lá se te acalmas, ainda desmaias outra vez Luxy - tive que dizer novamente o seu nome para a picar.

- Ao menos se desmaiar não te oiço, Otário - revirei os olhos e bufei impaciente - dá-me as chaves - voltei a pedir

-Sim, mas se desmaiares eu não te vou deixar sair tão cedo e vai-se tornar repetitivo - avisei-a suspirei quando ela me pediu as chaves. Passei-lhe para a mão as chaves de minha casa de LA e ri-me.